quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Eleição na CDL

Enquanto a mídia comprometida divulga que o empresário Hilton Motta Filho, mais conhecido como ‘Tito Motta’ é o candidato sacramentado de toda a diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande para as eleições que acontecem neste mês, tive a informação que nem todos concordam com o nome imposto pelo atual presidente da entidade, José Artur “Bolinha”.

Um outro nome ganha a preferência dos chamados sócios-efetivos da nem tanta mais aguerrida CDL de outros carnavais. Trata-se de Pedro Jorge Figueiredo, proprietário da Ótica Versailles e que tem participado efetivamente de todas as reuniões de diretoria da Câmara Lojista nos últimos anos.

A fonte insuspeita revela-me que não há nada contra o nome de Tito Motta, mas o problema é que o bem sucedido empresário não teria DNA com a CDL. Tito, pelo que me revelou a mesma fonte, sempre foi um ausente de todas as discussões da entidade classista e quase sempre tem estado fora da cidade, tratando dos negócios das suas empresas.

O nome de Tito foi lançado na última reunião de diretoria, num encontro que serviu ainda para que vários diretores lamentassem o fato do atual dirigente da CDL ter inserido a entidade na sucessão municipal, expondo a preferência pelo candidato Rômulo Gouveia. Bolinha foi até preso distribuindo material de propaganda de Rômulo, no dia da eleição.

Pelo que fiquei sabendo, Pedro Jorge, homem cordato, avesso a polêmicas e aos holofotes da mídia, não se lançou candidato, mas tem demonstrado a amigos o desejo de presidir a entidade máxima do lojismo campinense.

Antigo diretor da CDL me disse que se a eleição acontecesse hoje, Pedro Jorge ganharia de folga do candidato de Bolinha. Pesa contra Tito Motta, em que pese o forte sobrenome, o fato dele ter estreitas ligações com o nefasto mundo da política partidária, o que não tem incomodado o atual presidente, que preside partido na cidade, além de ter apoiado abertamente os candidatos tucanos ao Palácio da Redenção e ao Palácio do Bispo.

Lamentavelmente, a gestão de Bolinha trilhou pelos caminhos que jamais a entidade se permitiu adentrar – o da política partidária. A CDL, historicamente, sempre defendeu Campina Grande sem se posicionar politicamente, embora vários dos seus diretores tenham até ligações empresariais e afetivas com o grupo que ainda detém o poder político no Estado, no caso Cunha Lima.

Há quem garanta que o processo eleitoral na CDL deva ter mesmo chapa única, mas muitos irão votar a contragosto, por considerarem o candidato apresentado por Bolinha muito longe dos reais propósitos da entidade. Uma coisa é certa, a CDL de Campina Grande, fundada em 1966, por homens que dignificam a vida lojista da cidade, como o estimado amigo José Augusto de Almeida e continuada com esmero por empresários da estirpe de um Carlos Noujaim Habib, Zouraide Silveira, Álvaro Barros (in memoriam), Júlio Santos, dentre tantos outros, já não é mais a mesma. E caminha, até que me provem o contrário, para entrar para a história recente, como uma entidade voltada apenas para atender interesses pessoais e de grupos políticos.

Será castigo?
Após declarar que nem Deus derrotaria a candidatura de Rômulo Gouveia em Campina, o Governador Cássio parece que está sendo castigado de novo. Um dos processos que cassou o seu mandato, o da FAC, vai ser finalmente julgado pelo TSE. O Titanic está mesmo à deriva...

Maldição
A maré não está muito mansa para o grupo Cunha Lima. Parece que a praga jogada pelo Padre Dom Júlio Paiva vai se concretizando. Além do risco de cassação do mandato, a segunda turma, do Tribunal Regional Federal, da 5ª Região, confirmou a indisponibilidade dos bens do Senador Cícero Lucena (aliado do Governador), que está atolado até o pescoço em processos que estão sepultando de vez o ex-prefeito da Capital da vida política paraibana.

Nada a ver
A não ser pelos exageros, o programa comandado por Giovanni Meirelles, na TV Arapuan, que retransmite a Rede TV, tem tudo para dar certo. Nesta quarta-feira, 12, o entrevistado foi o secretário de Estado, Cassiano Pereira, que foi perguntado sobre como ele analisava um suposto afastamento entre os prefeitos Veneziano Vital e Ricardo Coutinho. Cassiano nem é aliado de Veneziano e nem de Ricardo. Pergunta totalmente impertinente.

Figueiras e espinheiros

O pastor Alexandre Ximenes renovou, durante culto evangélico pela Vitória de Veneziano (dia 11), um assunto que foi muito criticado pelos cassistas durante a campanha eleitoral passada, justamente pelo fato do então candidato do PMDB fazer referências a Deus. O Governador foi crítico feroz e disse que Veneziano blasfemava. O pastor disse que Veneziano e Zé Luiz eram figueiras, árvores boas e que esperava que a gestão do ‘cabeludo’ decretasse de vez a falência das árvores ruins na cidade, que ele chamou de espinheiro. Será que o Governador Cássio é o espinheiro falado pelo pastor?

Um comentário:

Anônimo disse...

TAMBÉM CARO JOSUÉ DEPOIS DE DOIS ANO E MEIO O CABELUDO NÃO FAZER UMA FEIRINHA DIGNA SERIA VERGONHOSO DEMAIS NÃO ACHA? CUIDADO PARA A ESTRUTURA NÃO CAIR NA SUA CABEÇA, PELO QUE SE SABE ALGO SAIU ERRADO, FOI PARADO A OBRA E REFEITO CÁLCULOS, PROJETOS ETC.