quarta-feira, 17 de junho de 2009

Rosas negras

Hoje prefiro distanciar-me das nossas querelas políticas e abordar um tema que aflige a humanidade há muitos anos: o fim do mundo. É que na madrugada de terça-feira (16) tive um sonho esquisito. Talvez um recado? Não sei.

Sonhei que um avião, tipo daqueles que vemos na guerra, jogava rosas negras sobre uma cidade que não recordo o nome. Só sei que eu estava lá e isso me deixou muito preocupado.

Ainda em sonho, testemunhei a correria das pessoas de um lado para outro. Todos procuravam seus parentes para viver os últimos instantes. Naquele instante, corri feito louco para estar ao lado das minhas duas filhas – meus grandes amores.

O sonho parou por aí, mas ao acordar, senti uma grande angústia porque vejo que meu sonho é mesmo uma realidade nos dias atuais. As rosas negras do sonho refletem muito bem a intolerância dos tempos considerados modernos.

E como estamos intolerantes caros amigos. Tudo é motivo para discórdia. Em Jerusalém - A Terra não mais Santa, judeus, cristãos e islâmicos não se entendem. No Iraque, a guerra mata dezenas diariamente. E no mundo inteiro povos se conflitam, enquanto civis nada afeitos à guerra, pagam com suas humildes vidas.

Aqui no Brasil, a TV mostra rotineiramente jovens entre 18 a 25 anos de idade trucidados por causa do tráfico de drogas. Claro que existem outras formas de intolerância. Na última Parada Gay, em São Paulo, um rapaz foi esmurrado quase até a morte. No mundo de hoje se mata um ser humano a todo instante e ninguém se assusta mais. Está virando algo banal. Terrível!

Compreendo que todos esses desencontros passam pela intolerância política dos que estão no poder. A velha sede de poder está mesmo destruindo o homem. Espero que ainda tenhamos tempo para refletir sobre nossos atos. Pensemos nas nossas crianças, nas aves que voam alegres entre as árvores, na poesia de Castro Alves, na delícia do amor e nos dias que Deus nos dá de graça.

Quero rosas vermelhas nos jardins, o raiar do dia ao lado de um grande amor; o vento batendo gostoso nas praias de João Pessoa; alegrar-me com o sorriso das minhas filhas, meu pai e minha mãe presentes a todo instante; meus amigos dando-me estímulo para a vida; continuar a receber e-mails de pessoas que não têm amor próprio (essas eu desprezo e entrego suas queixas ao julgamento divino). Enquanto temos um mundo cheio de vida, viva intensamente, feche os olhos para as rosas negras e pratique o bem. O resto vem sem você fazer nenhum esforço.

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