segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Amor e ódio

Será que alguns jornalistas e políticos pensam que o povo é burro? Digo isso após saber que o ex-governador Cássio, cassado pelo TSE por crime eleitoral, teria dito na sua rádio do coração – a Campina FM, que quando deixou o Governo, em fevereiro passado – a obra do Hospital de Urgência de Campina estava com 95% concluída.
Tudo bem que a obra foi iniciada na sua gestão, mas dizer que estava quase pronta é um absurdo do tamanho das propagandas fantasiosas que o grupo do PSDB costuma passar para a opinião pública.

Aliás, o Senhor Cássio é mesmo craque em anunciar ou iniciar obras que sempre vão a lugar nenhum. Vocês devem estar lembrados de um tal Shopping Garagem, um Centro Gregário, as escadarias do Jeremias, um Museu Pandeiros, o Centro Administrativo de Campina, estes dois últimos projetados por Oscar Neymeier.

Em Campina mesmo, o senhor Cássio iniciou a construção de casas nos bairros Novo Cruzeiro e Três Irmãs em período eleitoral e depois abandonou tudo. Tem ainda aquele monstrengo do viaduto, que não serve pra nada mesmo. É um elefante branco que custou R$ 30 milhões aos cofres públicos, mas que nunca recebeu nenhum questionamento dos senhores parlamentares e nem da mídia que ama ($) o Senhor Cássio.

Ainda em relação à entrevista dada na Campina FM pelo Senhor Cássio, o estranho é que nenhum dos jornalistas da emissora questiona as declarações do ex-governador. Engolem tudo caladinhos.

Agora quando o entrevistado é Veneziano, eles sempre colocam o prefeito no canto da parede. Um dia desses, vocês devem se lembrar, o jornalista Arimatéia Souza chamou o prefeito de agourento no ar, ao pedir comentários de Veneziano sobre a sucessão estadual.

Isso sem falar em outros profissionais da Campina FM (não todos) que só fazem entrevistas com o prefeito para questionar obras como a Feira da Prata, o Sistema Integrado de Ônibus, os PSF’s e tantas outras ações que não foram realizadas pelo grupo Cunha Lima na cidade, além de proporcionar maior ênfase às posições do Sintab e às declarações dos vereadores João Dantas, Daniela Ribeiro e Ivonete Ludgério.

Não quero parecer perseguidor da Campina FM. Aliás, nutro um carinho todo especial pela emissora, onde fiz programa de rádio com o amigo Marcos Marinho. A Rádio, por sinal, possui programas bem melhores que a concorrência, principalmente à noite e nos finais de semana, quando a parte musical é mais MPB ou composições que fizeram sucesso em grandes filmes e que não tocam em outras rádios.

Considero apenas que a Campina FM tem se apresentado assumindo um papel de oposição ao prefeito Veneziano desnecessária. E não venha me dizer o colega Arquimedes que isso é jornalismo moderno e eivado de opinião. E não é mesmo. Tenho observado mais ironias do que jornalismo na sua essência.

O rádio é um patrimônio de todos, mediante concessão pública. E deve ser usada como instrumento auxiliar pela conquista da cidadania. Seu papel é informar e não deformar. Unir povos e não cooperar para que tenhamos divisão de povos. Sua missão é bem mais que tocar uma música de Chiclete com Banana ou de Capilé em tempos de eleição, mas tocar a essência do povo que já não mais aceita grupos, aí se inclui mídia, que querem manter-se no poder mesmo que tenham que seguir a cartilha de Hitler – querendo a todo custo transformar mentiras em verdades.

domingo, 18 de outubro de 2009

Um dia pra refletir

O dia 14 deste mês, por ocasião da entrega da nova Feira da Prata, servirá, sem dúvida alguma, para muitas reflexões da parte daqueles que se arvoram donos de mandatos e senhores da razão. Refiro-me ao processo sucessório estadual que foi antecipado e é assunto corrente na imprensa e no meio político. O povo, na verdade, mostra-se distante de tudo isso, mero expectador, mas atento às tramas urdidas com interesses meramente pessoais.

Campina Grande, por volta das 10h, chegam juntos à Feira da Prata, o Governador José Maranhão, o deputado federal Vital Filho, deputados estaduais Guilherme Almeida, Ivaldo Morais, Rodrigo Soares, ex-deputado Gilvan Freire, prefeitos diversos - Nabor Vanderlei, de Patos; Jota Júnior, de Bayeux; etc.

Um público incalculável estava na nova Feira. Dava pra ver no rosto de cada um. Pessoas simples – feirante mesmo, daquele que não acreditava mais em político, tanto as promessas que ouviram ao longo de mais de 40 anos.

José Maranhão, batizado de malfeitor de Campina pelo grupo Cunha Lima, foi recebido festivamente. Nada de vaias. E diante disso, ficou bem claro que essas vaias eram meras armações do grupo cassista, comandadas por pessoas que recebiam salários via CPF e que nada produziam para o Estado.

Após os discursos de Veneziano, de Vitalzinho e tantos outros, anuncia-se a fala de ZéE eu conversava com ‘meus botões’: será que Maranhão vai ser vaiado?

Que nada, o ‘velhinho’ deitou e rolou na Feira da Prata – falou à vontade, distribuiu sorrisos, recebeu afagos de homens e mulheres que lhe agradeciam por dispensar da sua emenda individual, recursos para que a obra prometida se concretizasse.

A inauguração da Feira da Prata foi um termômetro interessante para avaliar como anda a credibilidade de Veneziano e Maranhão em Campina. Pelos aplausos, pelo carinho recebido, digo que o povo consciente reconhece que o grupo, como um todo, sem faltar ninguém, tem obra e discurso para superar adversidades e enfrentar os espinhos que surgirem no caminho de 2010.

Disposição
O Vereador Cassiano Pereira estava mesmo disposto na inauguração da Feira da Prata. Apareceu em todas as fotografias e imagens feitas pela imprensa. Afinal de contas, era um momento histórico e o jovem parlamentar queria aparecer, mesmo que a contragosto de alguns profissionais de imprensa que não gostaram da idéia.

Distante da política
O bispo de Campina Grande, Dom Jaime Vieira Rocha, tem sido presença marcante nas obras estruturantes inauguradas por Veneziano. Ofereceu as bênçãos por ocasião da inauguração do Plínio Lemos e também na nova Feira da Prata. Dom Jaime, pelo visto, prefere não trilhar pela cartilha seguida por Dom Aldo Pagoto.

O cara de pau
A Secretária de Estado da Interiorização, Ana Cláudia Nóbrega Vital do Rêgo, está buscando exercer seu ofício longe dos bajuladores que se encastelaram no antigo Escritório. Ana terá muito trabalho, mas acredito que ela não vai querer conviver com os inimigos.

Vai agir?
Pergunta de um companheiro jornalista ao novo superintendente do Detran de Campina Grande – Derlópidas Neves: será que os incautos e apaixonados por grupos políticos continuarão trabalhando normalmente no órgão?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O novo político

Entendo que meu papel, além de minhas reflexões, é trazer aos leitores idéias de outras pessoas. Gostaria de trazer a esse espaço trechos de uma entrevista que o sociólogo e jornalista peruano Rafael Roncagliolo deu ao jornal argentino La Nación, e que me foi repassada por um amigo jornalista residente em São Paulo.

“Os partidos políticos se converteram em máquinas eleitorais que só funcionam quando há eleições. Isso é parte de uma mudança, na qual a relação cara a cara foi transformada em relações midiáticas. Ao congressista não interessa a repercussão do que diz no Parlamento. O que interessa é a repercussão do que diz no espaço midiático. Isso é uma deterioração da ação do Congresso. Desapareceu a relação cara a cara com a célula partidária.”

“Os partidos funcionam como garagens, porque apenas se retira o carro do estacionamento para competir e, depois, volta-se a guardá-lo..."
“As transformações tecnológicas dos últimos tempos determinaram que os eleitores não fossem considerados cidadãos, mas sim consumidores. A diferença é que, quanto aos cidadãos, é preciso convencê-los e, quanto aos consumidores, é preciso seduzi-los. Neste cenário, as ofertas dos políticos deixam de ser propostas e passam a ser mecanismos publicitários de sedução do eleitor. Isso destrói o pressuposto básico da democracia.”

“É óbvio que os candidatos não mais têm interesse sobre os temas a debater. Interessa a eles os aspectos formais do debate, como a luz, a ordem da exposição, os tempos e a disposição das câmeras. Ou seja, a vida política passou a ser controlada por novos especialistas.”

“Hoje, é preciso estar nos meios de comunicação de massa para existir. Os meios não têm êxito no momento de dizer quem ganha, mas sim ao estabelecer quais os que estão na competição. Pode-se dizer que os meios substituíram os políticos no papel de fixar a agenda. Então, não são mais dirigentes, voltados para oferecer uma direção aos cidadãos, mas sim dirigidos, no sentido de que o bom político é o que melhor interpreta as pesquisas e que faz o que o público pede.”

“Isso não significa que os meios de comunicação possam fazer o que quiser com a opinião pública, mas sim que alguns deles têm um papel desmedido. Os legisladores foram substituídos por líderes midiáticos em sua influência sobre a opinião pública.”
Esse novo (sic) político é mesmo de assustar e como ele está presente em nossas vidas. Conheço uma porção deles. Mas às vezes o tiro sai pela culatra. O eleitor pode até ser manipulado pelas grandes empresas de comunicação e pelo sistema dominante, mas nem sempre essa arma midiática funciona.

O caso de Campina Grande é emblemático. O atual prefeito Veneziano Vital do Rêgo era um grande ‘desconhecido’ nas eleições para prefeito daquele ano de 2004. Quem mesmo apostava num vereador de oposição contra um forte grupo político dominado pelo Governador do Estado, o Presidente da Assembléia Legislativa, o presidente da Câmara de Vereadores, os veículos de comunicação (leia-se a casta direcional); entidades de classe que abertamente defendiam o outro candidato?
Veneziano, seu irmão Vitalzinho, no primeiro turno, com parcos recursos, sem as tecnologias descritas pelo jornalista peruano, apenas a contar com alguns fiéis escudeiros, uma amiga que vez por outra retocava o suor do rosto do ‘Cabeludo’ para não aparecer suado no guia eleitoral.
Claro que os novos especialistas estão sempre por perto – nos Estados Unidos e por aqui também. E estarão sempre. Cabe ao eleitor discernir, no momento de cada eleição, diferenciar o sedutor que fala bem e nada faz, do bom político, que pode até falar bem, mas que se diferencia por falar olho no olho, sem truques e com o coração voltado ao bem comum de todos!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mulheres no poder

Incrível e gratificante como as mulheres estão no auge. Elas estão em todo lugar, até mesmo em profissões antes improváveis para o sexo feminino, que não tem nada de frágil. Nesta semana duas valorosas mulheres ascederam a importantes cargos públicos em Campina Grande. Refiro-me a advogada Ana Cláudia Nóbrega Vital do Rêgo, que assumirá o posto de Secretária de Interiorização do Governo do Estado e a assistente social Ana Cleide Rotondano, ex-presidente da Amde da Prefeitura Municipal campinense, alçada ao cargo de Chefe de Gabinete da mesma Pasta.

Lá encontrarão outra mulher já no exercício das suas funções, a ex-prefeita Cozete Barbosa, injustiçada e condenada por atos que não foram gerados na sua administração, mas decorrentes das armadilhas impostas por tempos não muito pretéritos. Aliás, a antiga estrela do PT tem uma larga experiência política e administrativa e que pode fazer bem a qualquer Governo.

Tanto Ana Cláudia como Ana Cleide serão peças importantes no apoio aos prefeitos interioranos e ao prefeito Veneziano Vital na execução de projetos administrativos e sociais. Não posso esquecer mais uma mulher que também empresta seu talento ao Governo Maranhão em Campina – a professora e petista Maria do Socorro Ramalho, que gerencia a 3ª Região de Ensino com muito brilho. A mulher é um anjo que Deus enviou ao mundo para evitar que os homens acabem com o que há de mais sagrado na vida: o direito à própria vida. Afinal, elas administram melhor e provam que estão de certa forma, imunes à corrupção e ao jogo sujo imposto pelos políticos profissionais – os carreiristas.

O PSB perde e muito
Lamentável a declaração do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho quando disse que o PSB não perdia nada com as saídas dos deputados estaduais Carlos Batinga, Leonardo Gadelha, Expedito Pereira, a suplente Nadja Palitot e Guilherme Almeida, além dos federais Marcondes Gadelha e Manoel Júnior. Claro que o partido perde, pois esses parlamentares possuem bases eleitorais fortes e representarão, nas eleições de 2010, um diferencial negativo em prol de Coutinho que almeja ser Governador.

Quantidade e qualidade
Ricardo vai mais além. Garante que o partido avança nas filiações de novos ‘companheiros’. Só em Campina Grande, gaba-se, já são mais de 50 filiações. Dizem as más (ou boas línguas), que a turma cassista está aderindo como louco ao partido na cidade. Pergunta ao prefeito da Capital: esses novos ‘companheiros’ não querem apenas se aproveitar do PSB? Essas novas adesões representam qualidade?

Vené e as entidades
Tudo bem que a Associação Comercial defenda os interesses dos seus associados, mas querer suspender uma obra como o recapeamento de ruas no centro comercial, é algo questionável. A recuperação de ruas como a João da Silva Pimentel, a Siqueira Campos e tantas outras, merece, no mínimo, o elogio da entidade. Obviamente que isso é algo difícil de acontecer...

Ilegítimo?
Tudo bem que o Senhor Cássio Cunha tenha todo o direito do mundo de estrebuchar e lamentar que não esteja mais desfrutando dos prazeres do posto de Governador, mas dizer que José Maranhão tem um Governo ilegítimo fere mortalmente o princípio da razoabilidade e do bom senso. Cássio precisa entender que foi cassado pela maior instância do País – o Tribunal Superior Eleitoral. Foi responsável por expor o Estado negativamente na grande imprensa com o uso de 35 mil cheques, dinheiro jogado da janela, dinheiro apreendido pela Polícia Rodoviária Federal e sem falar que foi cassado uma segunda vez pelo TRE-PB por uso promocional de jornal oficial. Tenha paciência...

A oposição calou
O prefeito Veneziano deu um nó na oposição na Câmara de Vereadores. O volume de obras na cidade é algo impressionante, mesmo estando no segundo mandato, quando normalmente as ações começam a cessar. Além do asfaltamento de ruas, a Prefeitura está executando obras de esgotamento sanitário em vários pontos, como na Rua João Wallig, no Distrito Industrial; a Casa do Artesão, a nova Feira da Prata, o novo Restaurante Popular, no Distrito dos Mecânicos, obras do PAC no Araxá e na região de Bodocongó, Canal do Meio na região do Novo Horizonte; reforma em 9 escolas, duplicação da Avenida Argemiro de Figueiredo em parceria com o Dnit, dentre outras.

Precisa se retratar
E por falar na Câmara de Vereadores local, o seu presidente e os integrantes da oposição precisam pedir desculpas públicas quando criticaram as obras da Feira da Prata. Até fizeram publicar, no Portal do Legislativo, matéria dando conta que a obra só estria pronta em 2010. A feira será inaugurada neste mês de outubro, para o desespero dos oposicionistas e para a alegria dos comerciantes do local e dos campinenses que acreditam na força do trabalho do prefeito Veneziano.

Solidariedade
Torço muito que a amiga jornalista Francinete Silva de Jesus saia logo do estaleiro e retorne ao batente. Francinete tem muitos bons serviços prestados ao jornalismo campinense. Quando comecei no Jornal da Paraíba, em 1985, ela era repórter e onde permanece até hoje, graças ao seu dinamismo e competência.