quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Com medo da TV

Não quero dar uma de moralista, mas ultimamente tenho medo de ligar a TV e me deparar com as imoralidades e palavras grosseiras impostas por determinados programas que querem ganhar espaço a todo custo. As excrecências têm se multiplicado aos montes, partindo obviamente das grandes redes de televisão.

A Rede Globo, como sempre, tem sido a grande disseminadora das porcarias que se espalham como vírus pelas outras TVS.

No último domingo assistia o Pânico na TV, pela Rede TV, programa que até gosto por apresentar alguns quadros até ingênuos e que podem ser assistidos pela família.

Mas naquele dia exageraram na dose. Num certo quadro do programa, pessoas do povo faziam perguntas entre si sobre vários assuntos. Uma mulher lamentou que o maridão não transava como ela desejava. No outro lado, um homem deu uma sugestão: “que ela deixasse o marido chupar a xiranha dela”. Pode uma imoralidade dessa? E olha que era na programação das 21h30, horário em que as crianças ainda estão assistindo TV.

O SBT (reprodução da TV acima e ao lado) tem mantido um programa na noite que tem dado o que falar. São as tais pegadinhas picantes, que sempre mostram belas mulheres com seios à mostra. São brincadeiras que têm por objetivo apenas mostrar os órgãos sexuais das participantes e nada mais.

Num dia desses, uma jovem estava inclusive sem calcinhas e todo mundo viu a sua traseira, com direito a um close mais íntimo. Em São Paulo, entidades procuraram o Ministério Público e exigiram que o SBT transmitisse o programa um pouco mais tarde, o que acabou se concretizando.

No Nordeste estamos no horário de verão e a programação acaba sendo transmitida uma hora mais cedo. Já não basta aquela porcaria do Big Brother – um encontro da perversão ao vivo na TV.

PTB defende forasteiro
O ex-presidente da CDL, o senhor Artur Almeida, dirigente do PTB local, defende que os campinenses votem em Efraim Morais pra Senador. O parlamentar tem se notabilizado no envolvimento com gastos de verbas do Senado em publicidade. Não destinou um só centavo para a Prefeitura de Campina. Será digno de merecer o voto de algum campinense?

Um idiota na mídia
Não nutro ódio por ninguém. Tenho apenas dó daquele intelectual (sic) – o paladino do rádio campinense, o Senhor da razão. Tenta me atingir apenas porque não engole Veneziano de jeito nenhum; se declara imparcial, mas se entrega em relação a sua preferência eleitoral quando critica o Governador que ela chama de sem votos e o prefeito que ele considera impopular. Diz que a Prefeitura de Campina gastou mais de R$ 1 milhão de reais com mídia, quando foram pouco mais de R$ 800 mil, montante que foi administrado por três agências de publicidade, quando no Governo que ele defende, na gestão do então prefeito Cássio, foi feito um contrato com a Mix de R$ 5 milhões para apenas um ano. Sugiro ao rapaz (que um dia desses nem sabia o que significava o termo Resort) tomar um chá de maracujá. O meu reino é o de Jesus e o dele tem o Satanás como mestre. Vá tomar um banho de jornalismo, profissão que você conhece muito pouco ou quase nada.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O deboche da Campina FM

Já tinha até feito um juramento de não mais criticar as investidas da Campina FM contra o prefeito Veneziano Vital do Rêgo. Mais sou filho de Deus e às vezes não dá pra segurar mesmo. Lamentável que uma emissora que tenha história para contar, fruto do aguerrimento do saudoso Hilton Motta, esteja se prestando a atender aos interesses de grupos e passando por cima da boa regra jornalística, que é fazer jornalismo com imparcialidade.

No último dia 19, a reportagem da emissora foi cobrir a solenidade de assinatura de convênio entre a Prefeitura e as equipes do Treze e Campinense, no qual os times vão receber por R$ 180 mil de ajuda financeira para que possam respirar melhor durante o campeonato paraibano.

O repórter da Campina FM (que parece não ter culpa no cartório), induzia a todo instante os dirigentes de Treze e Campinense a declararem que a verba de patrocínio era miúda, mas a tentativa naufragou porque as declarações foram de agradecimento ao prefeito Veneziano.

Mesmo assim, ao meio-dia daquele dia 19, no programa jornalístico da emissora, o apresentador foi de um deboche ao extremo sobre o assunto em questão. Não estou de forma alguma me valendo da condição de auxiliar do prefeito para tão somente criticar a Campina FM, historicamente (pós Hilton Motta), ardorosa defensora das cores cassistas, mas está ficando cada vez mais evidente que a velha Campina de grandes profissionais como Wilson Maux, de Inaudete Amorim, de Toninho Lima e de Josinaldo Ramos, dos quais sou admirador, antecipou a campanha eleitoral 2010 faz tempo e tenta macular a imagem de um jovem que tanto já fez e faz por esta cidade em tão pouco tempo.

Espero estar dando uma grande contribuição à pioneira da Colina da Palmeira. A emissora tem perdido ouvintes antes cativos, não apenas eleitores e admiradores de Veneziano, mas pessoas do povo que não suportam o bom jornalismo sendo confundido com ironia e desrespeito ao homem público Veneziano.

Deixando claro que tudo estava arquitetado, planejado entre paredes, no mesmo dia, às 13h, a Campina FM entrevistou a vereadora campinense Daniela Ribeiro, que tão somente respondeu a questionamentos negativistas em relação ao Governo Veneziano feitos pelos apresentadores. Não houve uma só indagação que levasse a parlamentar a encontrar algo de bom na gestão do “Cabeludo”.

A parlamentar, filha do ex-prefeito Enivaldo Ribeiro (agora cassista e oposição por mais de 20 anos), obviamente criticou o convênio com os clubes e mencionou um não repasse de apoio da Prefeitura às quadrilhas juninas que participaram das festividades do Maior São João do Mundo. Aliás, essa história foi criada na própria Campina FM, através de indagações feitas a vereadores acostumados a não engolir Veneziano de jeito nenhum.

A perseguição patrocinada pela Campina FM é tão latente que muitos auxiliares do Governo Veneziano até têm se recusado a participar de programas jornalísticos. “Não vou me prestar a ir a uma rádio que nos trata com ironia e desrespeito”, disse um auxiliar.

E não quero que a FM esconda as falhas que obviamente existem na administração, a qual é composta por homens e mulheres que também falham. O problema é que o jornalismo feito pela emissora tem se mostrado um porta-voz das oposições. Quase que diariamente personagens como João Dantas, Daniela Ribeiro e outros membros do grupo obtém espaços muito generosos. Pedimos apenas que façam jornalismo. E não venham pelo amor de Deus, afirmarem que naquela casa tem mão e contramão... Não existe mesmo!

Que me perdoem os amigos jornalistas citados da Campina FM neste espaço, pessoas que prezo muito e tantos outros funcionários, mas eu e tantos outros perdemos o encanto pela emissora. Ainda há tempo para refazer esse terrível erro. Não dá pra acreditar que paixões políticas movem o sentimento da direção em detrimento dos interesses da comunidade. Liberdade de expressão com respeito às vontades populares. É isso que apelo às pessoas de bom senso que fazem jornalismo em nosso Estado.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Fedeu antes

O arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, também batizado pelos cearenses como Dom Tucano de Batina como queiram, declarou no final do ano passado que a política paraibana iria feder em 2010. Ele usou sim esse termo chulo e pouco aconselhável para quem se diz representante de Deus aqui na Terra.

Deixando um pouco de lado Dom Aldo para cuidar das suas tarefas eclesiais ou políticas, (sabe Deus...), gostaria de realçar alguns aspectos da política paraibana durante a semana. O caldeirão político está mesmo fervendo e bem antes do tempo, provocando um mau cheiro terrível. E se botarem mais lenha na fogueira, muitos sairão chamuscados desse processo e ficarão com sequelas irreversíveis.

Durante a semana, traidores e traídos foram às emissoras de rádio. Primeiro foi o Senhor Cássio Cunha Lima (foto de infância, quando o ex-governador sequer sabia que existia a FAC ou coisa parecida), que sempre aparece como bom moço. Nas suas últimas entrevistas, tem tido que os paraibanos tiveram um mandato legítimo usurpado, o que é uma inverdade. Foi cassado duas vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, tendo uma delas sido confirmada pelo TSE. A sua cassação expôs o nosso Estado mais uma vez de forma negativa na chamada grande imprensa.

Interessante foi mesmo acompanhar o pensamento pragmático do Senhor Cássio, quando disse que na política, os amigos valem pouco ou quase nada e que num processo eleitoral, existem apenas dois lados: do que estão no poder e os que fazem de tudo para nele estarem, mesmo que tenham que atropelar a própria mãe ou coisa parecida se necessário for.

O amigo velho Cícero Lucena foi a outra emissora e rebateu Cássio. O ‘dono’ do grupo cicerista discordou de tudo dito pelo dono do grupo cassista e está mesmo disposto a levar sua candidatura adiante. Afinal de contas, Cícero e Ricardo, está evidente, não sobem num mesmo palanque de jeito nenhum.

Esse tipo de acordo só mesmo Cozete Barbosa teria coragem de aceitar. Aliás, ela aceitou sim se coligar com o PSDB nas eleições para prefeito em Campina Grande. E todos sabem e que situação ficou, lamentavelmente a ex-musa do PT - foi abandonada pelos tucanos no processo eleitoral seguinte, ficou depois no ostracismo, desempregada bem recentemente e respondendo a processos por crimes deixados por seus antecessores. E ainda paga um preço muito alto por ter acreditado nas promessas feitas pelo senhor Cássio à época.

É incrível como tenho a impressão de estar presenciando a história se repetindo. Será impressão apenas? O tempo dirá...

Ricardo trai a si mesmo
Foi o que mais ouvi em João Pessoa, quando lá estive no final de semana passado. Conversei com pessoas simples, vendedores de picolé, de amendoim, garis, vigilantes e constatei que essa opção de Ricardo em se aliar ao PSDB dividiu João Pessoa. A insatisfação é grande e poderá custar muito caro ao PSB, com sérios reflexos não apenas para os planos políticos em 2010, mas com repercussões negativas para o processo municipal de 2012.

Sem prestígio?
Na última terça-feira, 12, após entrevista na Rádio Panorâmica FM, o Senhor Cássio foi almoçar no restaurante O Bananal com os prefeitos Edvan Leite (Boa Vista) e Paulo Oliveira (Massaranduba) e cinco vereadores de Campina. Quase que almoçava só...

Cocadas para o povo
Na Panorâmica, bom foi ouvir a declaração da senhora ‘Lucimar das Cocadas’, revoltada por ter perdido um emprego que tinha na 3ª Região de Ensino – um salário mínimo. Cássio disse que Lucimar era o exemplo da perseguição patrocinada pelo Governador José Maranhão. Entendo de outra forma. A vendedora de cocadas é o exemplo fiel do empreguismo promovido por políticos profissionais em períodos eleitorais apenas para conquistar votos e nada mais.

O quase Deus
E aquele vereador suplente hein? Dizer que teve mais votos que Fernando Carvalho e até se achar Deus nesse processo todo é um absurdo mesmo. Pode até ter conseguido votos a mais, mas a forma como foram conquistados é o diferencial. Tem quantidade, mas não tem qualidade alguma...

Vital guerreiro
O ex-deputado Vital do Rêgo vai lutando no leito hospitalar, tentando sobreviver. Deus queira que o tribuno, homem de grande capacidade intelectual e familiar, supere essas adversidades e esteja entre os seus bem antes do tempo firmado por Deus. Deus o abençoe!

Big porcaria
Soube por amigos e pela Internet da nova versão do Big Brother da Globo. Dizem que tem de tudo de ruim na versão 2010...

No primeiro dia, o apresentador Pedro Bial foi logo disparando perguntas indiscretas para os confinados. Bial quis saber se a família de um deles permitiria que ele se casasse com uma mulher que não fosse da religião dele, o judaísmo. “Sim... Eu faço o que quero da minha vida”, respondeu, sem titubear, o brother.

Homossexual assumido, outro falou sobre o preconceito contra os gays, dizendo: “Depende do grau do pensamento de cada um... o importante é o que eu estou pensando. Se eu me aceito”.

Para um terceiro participante - lésbica, o jornalista perguntou se ela nunca transava com homens. “Já abri exceções, mas no começo, quando tinha 16 anos, quando tive o primeiro namorado, mas sentia que faltava uma coisa...”, disse a jornalista.

Percebendo o jeito doce da quarta concorrente, Bial provocou: “Quando o seu diabinho aparece?”. “Vou tentar fazer que não apareça”, respondeu a moça, escapando pela tangente.

Outra participante foi bem mais ousada na sua reposta, ao ser questionado se gostava de apanhar na hora do sexo. “Vou confessar: eu adoro apanhar”, afirmou.
Um rapaz até ficou bem constrangido quando Bial quis saber ele já tinha se envolvido com uma mulher bissexual. O engenheiro agrônomo negou a experiência.

Quem melhor descreveu o que representava esse programa foi o saudoso jornalista, escritor e intelectual Luiz Augusto Crispim, em artigo publicado no jornal Correio da Paraíba.

Crispim definiu a Casa do Big Brother como um cenário composto por pessoas expostas ao ridículo, exibindo seus dotes sexuais e concorrendo entre si para provar quem diz mais baboseira. E olha que o confinamento dessas pessoas acaba em livro depois. Pior mesmo é saber que os tais livros ainda encontram compradores. Lamentável mesmo!