quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nossos ‘irmãos’ Ney e Efraim


Sinceramente os casos envolvendo os nossos queridos paraibanos Efraim Morais e Ney Suassuna são tão parecidos que até tenho a impressão que estão armando contra nossos conterrâneos.

O que chama a atenção mesmo é a ficha dos dois em rápida pesquisa que pode ser feita por qualquer um na grande rede mundial de computadores (Internet). É de encher os olhos e orgulho (sic) para rodos nós. Nem dá pra imaginar que algum deles tenha culpa no cartório nos escândalos que temos visto na mídia, notadamente na grande imprensa – a tal máfia dos Sanguessugas das Ambulâncias e agora o episódio dos Fantasmas do Senado.

Efraim é formado em Engenharia Civil pela UFPB. Foi professor de Matemática – 1973/1977; Colégio Estadual – João Pessoa/PB; Colégio Nossa Senhora de Lourdes – João Pessoa/PB; Colégio e Curso Águia – João Pessoa/PB; Colégio e Curso Pré-Universitário Campinense – Campina Grande/PB; Deputado Estadual, 1983-1987, PDS/PFL; Deputado Estadual (Constituinte), 1987-1991, PFL; Deputado Federal (Congresso Revisor), 1991-1995, PFL; Deputado Federal, 1995-1999, PFL
Deputado Federal, 1999-2003, PFL; Senador da República, 2003-2011, PFL.

Veja o que diz o site http://corruptoseconiventes.blogspot.com sobre nosso paraibano. É arrasador.

Efraim Morais consta da lista dos dez senadores que mais encheram o tanque com dinheiro público. Aqui

- Relatórios da Polícia Federal nas investigações da Operação Mão-de-Obra, que apuram fraudes em contratações de mão-de-obra terceirizada pelo Senado, apontam fortes indícios do envolvimento do senador, atual primeiro-secretário da Casa, em direcionamento de licitações. Em decisão recente de Efraim Moraes, os contratos sob suspeita foram prorrogados sem licitação até 2009 (Correio Braziliense, 21.ago.2008, 22.ago.2008, 31.ago.2008, 9.set.2008).

- Três funcionários do Interlegis, sistema de inclusão digital do Legislativo mantido pelo Senado e dirigido por Efraim Morais, estariam trabalhando para o senador em seu escritório político na Paraíba (Correio da Paraíba, 5.set.2008).

- Entre seus indicados para ocupar cargos comissionados no Senado, estariam 13 parentes seus e outros 10 familiares de seus aliados políticos. Existe a suspeita de que alguns sejam funcionários fantasmas (O Estado de S. Paulo, 10.set.2008).

- O Ministério Público do Distrito Federal abriu processo contra o senador pela contratação irregular de funcionários comissionados. A ação civil pública, que corre em primeira instância, pede exoneração imediata de funcionários que teriam suas funções desviadas para servir interesses políticos ao senador (Diário do Amazonas, 16.nov.2008).

- Teria 52 funcionários que seriam contratados para trabalhar em seu gabinete no Senado, mas exerceriam função de cabo eleitoral na Paraíba. Num período de quatro anos, os gastos com as contratações totalizaram R$ 6.700.00,00 (Diário Catarinense, 18.mai.2009).

- Segundo o jornal Correio Braziliense ao construir uma casa de praia em Camboinha (PB) teria avançado sobre terras pertencentes à União. Os técnicos da secretaria do Patrimônio da União avisaram-no que o imóvel seria demolido se o montante acrescido não fosse regularizado. O senador move um processo na justiça Federal da Paraíba para impedir a ação por parte do poder público (Correio Braziliense, 22.mai.2009).

- Como primeiro-secretário do Senado, firmou contratos sem licitação com cinco portais de internet para divulgação de banner da Casa. O contrato com um desses portais foi renovado, também sem licitação, para vigorar até agosto de 2009 (Folha de S. Paulo, 25.jul.2008; O Estado de S. Paulo, 9.jan.2009).

- Segundo reportagem do Correio Braziliense, o senador utilizaria em seu gabinete os serviços de um funcionário terceirizado da Casa. O funcionário, empregado da Plansul, deveria trabalhar apenas na TV Senado, mas afirma ajudar a manter a página de Morais na internet (Correio Braziliense, 21.jul.2009).

- Usou o carro oficial do Senado para buscar sua mulher num salão de beleza e suas sobrinhas no aeroporto. Além disso o veículo foi usado pelo deputado Efraim Filho para buscar uma encomenda no aeroporto, a pedido do senador. Morais comprometeu-se a ressarcir os cofres públicos caso a prática seja considerada irregular pelo Legislativo (Correio Braziliense, 20.mai.2009a, 20.mai.2009b, 21.mai.2009).

- Teria sido beneficiado por atos secretos editados pelo Senado entre 1995 e 2009 (O Estado de S. Paulo, 23.jun.2009). Aqui

- Efraim é denunciado por contratação de funcionários fantasmas. Aqui


NEY SUASSUNA - Foi Senador da Paraíba. Conhecido por seu estilo trabalhador, Suassuna, de uma hora para outra, se viu envolvido num escândalo de grande repercussão nacional – a Máfia de Ambulâncias, batizado de Sanguessugas.

Ney é empresário, escritor, pintor, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), presidente da Associação Comercial e Industrial da Barra da Tijuca, presidente do Anglo-Americano Escolas Integradas, ex-senador e ex-ministro da Integração. Bacharel em Administração e Economia pela UFRJ e em Pedagogia pela Faculdade Castelo Branco, também no Rio de Janeiro.

Em 1970, ganhou uma bolsa de estudos para participar do curso de Business Administration and Data Processing na Universidade de Georgetown, em Washington D.C.

Em 1971, elaborou o primeiro curso de Processamento de Dados no Brasil, curso ministrado em salas alugadas no Colégio Anglo-Americano. Em 1973, tornou-se proprietário e presidente da Rede Anglo-Americano e a expandiu para diversos países.

E tem mais. Em 1982, cursou a Escola Superior de Guerra e neste mesmo ano tornou-se primeiro suplente do ex-senador Antônio Mariz. Em 1990, Ney Suassuna foi eleito primeiro suplente do ex-senador Antônio Mariz, ficando como suplente até 1994, quando se torna o titular após a eleição de Antônio Mariz ao governo da estado da Paraíba.

Em 1998, se candidatou à reeleição pelo PMDB enfrentando o ex-governador do Tarcísio Burity e, com o apoio do então governador José Maranhão e do então senador Ronaldo Cunha Lima, derrotou Burity e se elegeu senador, com 455.359 votos, tendo como suplentes Robson Khoury e Maria de Fátima Pinto de Sá Pires, ambos também filiados ao PMDB.

Em janeiro de 2002, foi nomeado pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso para assumir o Ministério da Integração Nacional. Em 2005, foi eleito o líder do PMDB no Senado Federal.

Em 2006, durante o período de campanha para reeleição ao Senado, o seu ex-assessor Marcelo Coelho de Carvalho foi preso por suposto envolvimento no Escândalo dos Sanguessugas, um esquema de compra superfaturada de ambulâncias por meio de emendas parlamentares. O caso teve imensa repercussão na imprensa nacional. Apesar das acusações, foi mais uma vez candidato ao Senado, só que dessa vez foi derrotado por Cícero Lucena do PSDB, que havia sido preso durante a Operação Confraria, por uma diferença de apenas 2% dos votos válidos.

Em 4 de outubro de 2006, três dias após a derrota nas urnas, o relator de seu processo no Conselho de Ética do Senado Federal, o senador Jefferson Peres (PDT/AM), recomendou em seu parecer, o julgamento em plenário da cassação do senador Ney Suassuna. Segundo o relatório de Jefferson Peres, o senador Ney Suassuna autorizava que sua ex-chefe-de-gabinete Mônica Texeira deliberasse e assinasse, em seu nome, sobre assuntos internos do gabinete. Aproveitando-se deste fato, durante uma viagem do senador, Marcelo Carvalho teria pedido à Mônica Texeira para assinar uma emenda em caráter de urgência. Deste fato surgiu o suposto envolvimento do senador Ney Suassuna com a máfia das ambulâncias.

O senador Jefferson Peres, atendendo a intensa pressão da mídia e ao clamor público, declarou em seu relatório que recomendava a cassação, em razão da negligência do senador com o funcionamento de seu gabinete. Afirmou também que o que estava sendo apreciado no Conselho de Ética era o modelo político brasileiro e não o senador Ney Suassuna como parlamentar individual. Conforme consta na página 14 da Ata da 15° Reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar de 2006.

Em 28 de novembro de 2006, com a aprovação da proposta do senador Wellington Salgado, do PMDB de Minas Gerais, a cassação foi substituída por uma advertência verbal.

É por estas e outras é que a nossa velha Paraíba está mesmo enquadrada de uma forma muito deplorável na grande imprensa e na memória dos brasileiros. Definitivamente, não merecemos passar por isso. O eleitor precisa saber melhor escolher seus representantes. Antes que seja muito tarde!

A bondade de Zé Carlos
O empresário José Carlos da Silva Júnior e seus filhos, da Rede Paraíba de Televisão – TVs Cabo Branco e TV Paraíba, são definitivamente homens com muita sensibilidade. Não querem de forma alguma levar aos lares paraibanos mais notícias desabonadoras que maculam nossa Paraíba. As emissoras do grupo divulgam quase nada sobre o caso Efraim. São empresários de visão (sic)...

A guerra na mídia
É interessante observar o comportamento dos sites paraibanos em relação aos nossos políticos. Pelo que tenho verificado, o grupo do ex-governador cassado Cássio Cunha Lima detém pouco espaço nos sites políticos. Em João Pessoa, quase todos não querem nem ver o filho de dona Glória e satanizam o nome de Ricardo Coutinho. Apenas em Campina Grande, graças a uma emissora de TV e programas de rádio, é que o grupo cassista possui mais poder. O caso de Campina mostra que o grupo do ex-governador ainda está profundamente enraizado nesse segmento.