terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Verdades e mentiras

O grande escritor Guimarães Rosa, tem uma frase célebre na importante obra Sertão Veredas: “Eu não sei quase nada, mas desconfio de muita coisa”.

Pois bem amigos, trago esse trecho do renomado escritor mineiro para desconfiar muito do momento político que a Paraíba vive.

De repente tudo virou o caos. Um gerador, que teve um curto circuito na maternidade, foi motivo para a mídia ‘bem especializada’ fazer a farra. O equipamento foi consertado e não houve nenhum prejuízo ao hospital. Em poucos dias o ‘caos’ foi restabelecido.

Como o ‘caos’ do Isea não colou, aí surgiu um novo, digamos, caos. O foco agora é o Hospital Regional de Urgência e Emergência, administrado pelo Estado,é bem verdade, mas cujos respingos acabam atingindo o prefeito por conta da municipalização da saúde.

E tudo tinha que acontecer no período natalino. Em outra época não teria o foco pretendido.

Médicos anestesistas, que nunca tiveram contrato com o estado, nem na atual gestão ou em gestões passadas, resolveram (sic) paralisar. Só que no meio do caminho tinha uma pobre inocente, de apenas um ano de vida e que acabou morrendo pela falta de uma cirurgia.

Difícil acreditar, caros amigos, que uma vida tenha sido levada simplesmente porque os interesses pessoais valham mais que o sorriso de uma menina concebida no amor de um casal.

E a ‘farra’ ficou completa com a presença do governador eleito Ricardo Coutinho a Campina Grande para dizer o óbvio e uma obrigação do futuro gestor. Que vai pagar o mês de dezembro aos profissionais do Hospital, caso esse compromisso não seja honrado pelo Governo Maranhão.

“Eu não sei quase nada, mas desconfio de muita coisa”...

Que conversa...

O advogado José Mariz foi infeliz ao fazer comentários sobre o processo contra o prefeito Veneziano e que acabaram atingindo o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba. Em matéria postada nos portais, disse o seguinte sobre a decisão dos juízes em inocentar o prefeito: “foi esse mesmo Tribunal que cassou o mandato do governador Cássio Cunha Lima por conta da publicação de 16 colunas e oito matérias no Jornal A União, enquanto que o prefeito Veneziano distribuiu fardamento escolar em período proibitivo quando havia duas decisões judiciais que impedia que o prefeito divulgasse a propaganda institucional do famoso trevo de quatro V's”.

O nobre advogado deve saber que cada caso é um caso. Não existe jurisprudência para casos distintos. Nada a ver o processo do prefeito e os processos de Cássio, cassado duas vezes, por distribuir mais de 35 mil cheques e por uso promocional do jornal A União, que inclusive teve a tiragem ampliada para bem maior que o jornal de maior circulação do Estado – o Correio da Paraíba, conforme está nos autos processuais.

Veneziano cassado?

Vendo a primeira página do Jornal da Paraíba, edição desta terça-feira, 14, se tem a impressão que o prefeito Veneziano tenha tido seu mandato cassado e depois conquistado junto ao Tribunal Regional Eleitoral. Analisem o título do jornal: “TRE livra Veneziano Vital do Rêgo de cassação”.

Falta sobriedade

Dá dó ler a coluna daquele ativista cultural (sic) aposentado. Antes escrevia sobre cultura, mas agora gerencia comentários sobre tudo. A ociosidade e a falta de talento são fulminantes para quem optou seguir uma vida desregrada e pautada no desrespeito a quem realmente trabalha por esta cidade. Lamentável!

Campina em buliçosa

Para alegria do prefeito Veneziano e das pessoas que gostam do trabalho, a Revista Veja desta semana trouxe mais uma excelente matéria enaltecendo a administração do “Cabeludo”. O bom momento vivido pela cidade foi enfocado pela gestão. A reportagem compara o ‘boom’ administrativo e econômico da cidade com uma outra cidade bem distante de Campina, mais precisamente no Rio Grande do Sul. Como será que reagiram alguns colegas jornalistas, acostumados ao caos, com uma matéria como essa?

Esse sim é Rei

Elogiável a iniciativa do professor José Nobre. Anonimamente, sem a interferência de políticos (nem ele quer), mantém o Museu Fonográfico Luiz Gonzaga no bairro do Cruzeiro em Campina Grande de forma brilhante.
No último dia 13, numa noite de garoa, o Museu prestou uma singela homenagem ao “Rei do Baião”, que se estivesse entre nós estaria completando 98 anos de vida. Pois bem, naquela noite fria, artistas como Amazan, Biliu de Campina, entre outros, cantaram músicas em homenagem ao homem que mais cantou e decantou o Nordeste brasileiro com suas belíssimas canções.

Campina e suas dívidas

Campina tem muitas dívidas para com nossos artistas locais e que merecem um espaço para divulgação da sua arte.
No forró, bem que poderíamos contar com um espaço destinado a reverenciar nomes como Rosil Cavalcante, Marinês, Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda, Elba Ramalho, Biliu de Campina, João Gonçalves e tantos outros que muito representam para a história musical nordestina e brasileira.

Foi no ano de 1974, por exemplo, que aconteceu em Campina o 1º Congresso Nacional de Violeiros, idealizado a partir de três vates do repente – José Gonçalves, Ivanildo Vila Nova e Apolônio Cardoso (meu pai).

A cidade nada possui para contar a história do nosso repente. Existe uma Associação, mas que, lamentavelmente, vive atrelada a grupos políticos e não consegue caminhar com as próprias pernas.

Mas ainda é tempo. Não apenas por meu pai, mas por tantos que fazem da viola um estilo de vida bem próprio. Campina precisa pagar essa dívida aos nossos artistas. Vou lutar pela instalação do Memorial do Repente Brasileiro em Campina Grande.

Gonzaga em Campina

Quando da homenagem a Luiz Gonzaga, encontrei entre as pessoas presentes o professor e historiador José Lucas, cidadão campinense que conhece como poucos um pouco de tudo sobre a vida passada campinense, notadamente na esfera política.
Perguntei a ele se sabia de alguma passagem folclórica de Gonzagão por Campina.

Num comício, na década de 70, na campanha do então prefeito Enivaldo Ribeiro, estavam programados duas grandes estrelas, cada um na sua área, para apresentação ao público.

Nada menos que Luiz Gonzaga seria a grande atração musical da noite. Naquela mesma noite aconteceria ainda outro momento especial, o discurso do então orador e tribuno das massas Raimundo Asfora.

Naquela época, diferente dos tempos de hoje, era comum a participação de grandes oradores nos comícios. Às vezes até brilhavam mais que os cantores contratados.

Contou-me José Lucas que naquele dia houve uma polêmica danada entre Gonzaga e Asfora.
O Rei do Baião disse que só cantaria após Asfora falar e este só diria alguma coisa ao grande público depois de ouvir ‘Tropeiros da Borborema’ interpretado por Gonzaga.

Diante do impasse, conforme o historiador, Asfora terminou cedendo e só depois é que Gonzagão soltou a sanfona.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

É pensar pequeno...

Com todo respeito que tenho ao deputado federal e vice-governador eleito Rômulo Gouveia, (PSDB), mas tem sido desmedida a sua justificativa para não direcionar emendas de sua autoria para a Prefeitura de Campina Grande.

Dizer que não confia no prefeito e que as obras federais em Campina não andam, é uma inverdade e que estão a olhos vistos da população.

A Vila do Artesão, que será inaugurada no dia 18 próximo, um equipamento fantástico e que vai beneficiar mais de 270 artesãos e gerar mais de 1.000 empregos entre diretos e indiretos, é uma realidade graças a emendas que foram apresentadas pelos deputados Vitalzinho e Luiz Couto, que não é da cidade.

A Feira da Prata, que beneficia mais de 400 comerciantes – outra ação marcante da gestão Veneziano, tem emendas do então Senador José Maranhão, nascido lá pras bandas de Araruna, mas que decidiu prestigiar a cidade Rainha da Borborema. Ela merece!

Não haveria nenhum problema, caro Rômulo, no amigo destinar suas emendas para a Prefeitura para que outras ações pudessem ser realizadas e o povo, pelo menos dessa vez, pudesse acreditar nos políticos.

Em sua defesa, Rômulo disse ter preferido colocar suas emendas para a UFCG, UEPB, o Hospital da FAP, para a Escola Técnica Redentorista, para investimentos na área da cultura e no apoio as quadrilhas juninas – destacou o parlamentar.

As verbas para as universidades são carimbadas. Eles já recebiam essas ajudas. Quanto a tal área de cultura, é bom que se diga, foi para o Sítio São João, organizado pela iniciativa privada e no apoio às quadrilhas juninas, pelo que sei, os recursos não foram destinados à Associação e da mesma forma direcionadas para entes privados.

Quando candidato a prefeito por duas vezes (derrotado nas duas por Veneziano – em 2004 e em 2008), Rômulo tinha como slogan de campanha “Pensar Grande”. Pelo visto, na prática, esse pensar não vale quando é para prestigiar Campina Grande como um todo. Mas ainda há tempo para se redimir, amigo deputado.
Campina Grande lhe agradecerá bastante!

Exumação política
Como a palavra da moda tem sido exumar, bom seria que um colega jornalista, afeito à imparcialidade (sic), fizesse uma ‘exumação’ no caso Cássio. No seu espaço, a tal exumação só vale para o prefeito Veneziano. As ações contra o prefeito são detalhadas com uma vontade incrível, como aconteceu bem recentemente no caso do processo de julgamento pelo TRE em desfavor do “Cabeludo”.

Naquele mesmo dia, recordo-me, o TSE, através da Procuradoria Eleitoral, emitiu parecer fulminante contra intenção do ex-governador Cássio em ser diplomado Senador.

O recurso pode não subir para o STF e o parecer da procuradoria foi mesmo devastador contra os desejos do grupo cassista. Pois bem amigos, nada do colega jornalista ‘exumar’ o caso em sua coluna.  Fica feio e nítido que seu desejo é ver Veneziano na berlinda e nada mais. Lamentável.

Nelson com Veneziano?
Em três solenidades presididas pelo prefeito Veneziano, esteve presente o presidente da Câmara Municipal, Nelson Gomes Filho, ligado ao grupo Cunha Lima. Alguns jornalistas e políticos têm lançado farpas em relação ao comportamento de Nelson, mas o presidente tem dito que é papel do vereador prestigiar eventos de natureza pública, independente do prefeito de plantão.

Site prestigiado
E aquele site sem expressão hein? Mesmo sendo acessado por meia dúzia de “Xeleléus”, continua a receber gorda verba pública. Uma vergonha e que poderia ser apurada pelo Ministério Público.

Caos relâmpago na saúde?
Naquela semana quando um gerador da Maternidade Municipal (Isea), sofreu um curto circuito, conhecido jornalista disse que a saúde municipal estava um caos. Consertado o equipamento, a unidade voltou a funcionar, como se nada tivesse acontecido. Pois bem, o tal ‘caos’ apresentado pelo companheiro existiu apenas na sua mente ‘brilhante’.

84 anos de história
A Associação Comercial de Campina Grande completa nesta sexta-feira 84 anos de fundação com uma larga folha de serviços prestados. Por lá passaram empresários que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento da cidade. O atual dirigente – Luiz Alberto Leite, tem se notabilizado por conquistas importantes em prol do comércio, como as câmeras de segurança

Zouraide cirurgiada
A primeira mulher a presidir a CDL de Campina Grande, a Federação das CDL’s do Estado, Zouraide Silveira, recupera-se em Natal de uma cirurgia. Espero que Zouraide consiga superar esse desafio. Fui seu assessor de imprensa por mais de sete anos e lhe tenho a maior estima. Uma mulher que sabe o que quer e que não mede esforços para ajudar quem precisa.