segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Falta de educação ou ciúme?

Segunda-feira passada, 12, fui ao aeroporto João Suassuna, cobrir jornalisticamente a chegada de técnicos do Ministério da Aeronáutica a Campina Grande, objetivando iniciar os estudos para a implantação do equipamento ILS, antiga reivindicação da sociedade civil organizada e que vai permitir que a cidade receba voos mesmo em tempos chuvosos.

Lá estava representando o prefeito Veneziano o secretário particular Hermano Nepomuceno.

Os técnicos, 12 ou 13, foram recebidos apenas por Hermano e pela assessoria do prefeito.

O superintendente do Aeroporto, Nilson Suassuna, nem teve a elegância de aparecer para recepcionar os visitantes. Como ele não deu o ar da graça, a comitiva foi até à sala do chefe do “João Suassuna”.

De cara, sem dar nem um boa tarde, um funcionário da Infraero foi logo avisando: “o pessoal da imprensa fica aí fora, pois a sala é pequena e não tem espaço pra todos”.

Até mesmo o engenheiro da Prefeitura foi barrado na sala do superintendente. E olha que o profissional foi ao aeroporto para prestar esclarecimentos vitais à execução do projeto.

Soube que o superintendente nem mesmo se levantou da cadeira para felicitar os visitantes. O professor Hermano teve que se contentar em ficar em pé.

A imprensa, coitadinha, nem recebeu explicações por ter sido barrada na sala do superintendente. Teve que se contentar em registrar a presença dos técnicos na parte de fora do aeroporto. Um absurdo sem tamanho.

Indispensável registrar que os servidores da Aeronáutica notaram o ‘ar estranho” do pessoal da Infraero.

Para minimizar o ‘clima estranho’, o professor Hermano fez questão de participar de recepção noturna com os técnicos.

E vocês pensam que parou por aí. Claro que não.

A assessoria do prefeito Veneziano foi ao aeroporto no dia seguinte – 13, acompanhar o trabalho dos profissionais. O professor Hermano teve acesso ao local, mas me informaram que funcionários que liberaram a entrada do auxiliar do prefeito à parte interna do Aeroporto receberam advertência verbal.

Seria bom que os que fazem a superintendência entendessem que o aeroporto João Suassuna funciona graças a concessão pública.

Ficou evidente que a chegada dos técnicos causou algum incômodo à Infraero local.

Ficou ainda a impressão que a conquista do benefício (a implantação do equipamento ILS), graças às intervenções do prefeito Veneziano e do Senador Vital Filho, não foi bem digerida por alguns agentes. Não sei se foi o caso da Infraero, mas que tem algo estranho isso tem.

Vontade de ser livre
Dá vontade de dizer umas verdades sobre política e políticos, mas a razão manda dizer que é bem melhor ficar em silêncio, bem ao estilo do ex-prefeito Félix Araújo, quando comeu o pão que o diabo amassou no tempo em que foi ‘aliado’ do grupo Cunha Lima. Para bom entendedor meias palavras bastam...

Vitalzinho insuperável
Apesar de ser mais ‘velho’ 10 meses no Senado que Cássio, Vitalzinho vai ser, sem dúvida alguma, o melhor Senador que a Paraíba, especialmente Campina, já teve em toda a sua história.

Já o Senador Cássio, que entrou para o Senado graças a indefinição do STF em relação à aplicação da Lei Ficha Limpa, está meio perdido. Até agora só fez ataques ao PT, apesar de ter conquistado votos aqui na terrinha jurando amor ao Presidente Lula. No mais, apenas conversa bonita e nada mais.

Marinho com razão
O companheiro Marcos Marinho tem toda razão quando disse que os programas de rádio estão deixando a desejar no quesito qualidade. Expressões grosseiras e desrespeitosas tem sido cada vez mais comuns. Vale até falar em sexo em programa de notícia para atrair público. Também tenho saudades do jornalismo sério e respeitoso.

Eliomar atuante
Foi um festão a confraternização natalina proporcionada pela Associação Campinense de Imprensa para os jornalistas campinenses. O novo presidente, Eliomar Gouveia, mostrou que tem competência. O show da banda “Meninos de ontem”, comandada pelo jornalista Germano Ramalho foi atração à parte.

Guilherme confiante
Na festa da ACI encontrei o deputado estadual Guilherme Almeida, prefeitável pelo PSC. Guilherme disse que o ano de 2012 será de vitórias. Garantiu que seu nome vai surpreender os que não acreditam que sua candidatura vai decolar.

Tatiana animada
A médica Tatiana Medeiros, secretária Municipal de Saúde, também foi cumprimentar os jornalistas na ACI, ao lado do filho – o vereador Cassiano Pachoal. A prefeitável do PMDB está otimista aguardando que seu nome seja homologado pelo prefeito Veneziano antes do final deste ano. Outros nomes estão na briga no partido, exemplo de Alex Azevedo e Tatiana Medeiros.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

As pesquisas em Campina


Não se fala em outra coisa em Campina Grande. Os números do Instituto pernambucano Ipespe para prefeito. Neste momento, os números mostram que quatro nomes polarizam as atenções de 800 entrevistados.

Na dianteira a irrequieta e inteligente deputada estadual Daniela Ribeiro (PP), o orgulho do ex-prefeito Enivaldo Ribeiro, somando 16 por cento das intenções de voto.

Logo em seguida, bem próximo de Daniela, aparece o deputado federal Romero Rodrigues (PSDB) – primo do Senador Cássio, com 15 por cento e Diogo Cunha Lima (pasmem), com 13%.

Na quarta colocação, o vice-governador Rômulo Gouveia, que perdeu duas vezes seguida para o atual prefeito Veneziano Vital.

À primeira vista, diante dos números frios, parece que tudo está resolvido e que a eleição de outubro de 2012 vai mesmo ser arrematada da forma como apresenta o Instituto.

Mas não é assim que se define uma eleição. Obviamente que são indicadores de momento.

Há de se considerar que o prefeito Veneziano ainda não definiu o seu candidato, o que só deve ocorrer entre o final deste ano e começo de 2012. A cobrança é grande e até aliados acham que isso favorece a oposição.

Os mais entendidos em política acreditam que o quadro poderá mudar a partir da definição do nome do PMDB, partido que tem nomes de expressão na vida política atual, exemplo do Senador Vital Filho, a deputada federal Nilda Gondim, além dos aliados, como o deputado Guilherme Almeida, do PSC) - que tem DNA político, por ser neto de duas grandes expressões da Política paraibana (Argemiro de Figueiredo e Elpídio de Almeida) e o vice-prefeito José Luiz Júnior.

Não se deve desprezar o fato do prefeito contar como aliado o PT, partido da presidenta Dilma e que possui em sua estrutura campinense, pessoas que podem fazer a diferença num processo eleitoral em termos de votos e arregimentação de apoios.

Claro que a pesquisa não atua no campo da sociologia, mas os números mostram que Daniela Ribeiro é a bola da vez porque tomou pra si, desde quando era vereadora, o papel de representante da classe feminina no desejo de administrar Campina.

Não sei se o sentimento feminista, graças à vitória de Dilma, vai influenciar no pleito. O tempo dirá!

Acho que os números apresentados para o deputado Romero não foram bons. Afinal de contas, faz tempo que o primo de Cássio diz que é candidato, desde 2008, quando o Gordo (Rômulo) perdeu para Veneziano.

De uma coisa podem ficar certos. O próximo ano vai ser emocionante. Teremos uma campanha, podem acreditar, marcada pela baixaria e pelo desrespeito à Justiça Eleitoral.

Armações, mentiras e elevados interesses em jogo. Tomara que o eleitor de Campina Grande – que somos 274.726, saiba separar o joio do trigo.

Creio que o povo campinense, no tempo certo, haverá de fazer uma boa escolha, sem medo, livre, compreendendo que Campina precisa de um gestor ou gestora com os olhos e ações voltados para os reais interesses dos que mais precisam.

E um bom começo é olhar para a administração do jovem prefeito Veneziano. Mesmo com todos contra eles, conseguiu superar desafios e administrar a cidade de um jeito que até seus opositores o elogiam.

De olho no Ipespe
Curioso observar que o Instituto Ipespe fez trabalhos de natureza política apenas para dois partidos de oposição ao Governo Dilma – O antigo PFL (hoje DEM) e para o PSDB. Pelo menos é o que diz o site do Ipespe.

Pegou pesado?
Segundo o Portal JampaNews, da Capital, as empresas do empresário Roberto Cavalcanti atingem o auge da vulgaridade e programas reproduzem clima de prostíbulos.

O portal refere-se ao comportamento do radialista Fabiano Gomes, da rádio Correio FM, ao entrevistar um cidadão que denegriu a imagem da Paraíba no Youtube.

Vejam alguns trechos do portal Jampa:

Com certeza a direção do Sistema Correio deve estar muito orgulhosa com o que foi veiculado hoje em um de seus programas. Um show de estupidez, além de um festival de palavras de baixo calão impróprio para menores e adultos com mediana formação doméstica, foi exibido em horário nobre da empresa, comprovando a profunda mudança implantada numa das maiores redes de comunicação do Estado que trocou a qualidade pela audiência vulgar.

O que se viu e ouviu hoje no Correio debate, que já foi uma referência do jornalismo paraibano, coloca a imprensa paraibana na berlinda. Apresentadores guindados do anonimato cuja postura ética não prima por princípios, transformaram-se da noite para o dia em estrelas e atingiram os limites do suportável ao usar o microfone como arma para insultos e trocas de amabilidades em pleno ar.

Uma aula de como não se deve fazer jornalismo, uma exibição de histeria e de descontrole, enfim, a comprovação de que, já se faz necessário que os instrumentos de defesa da sociedade se manifestem e os órgãos de imprensa que representam à categoria tomem as providências para afastar da atividade esse tipo de cafajestice.

Falta ética no jornalismo paraibano?


Reportagens sobre o falecimento de duas meninas menores de três anos, cujas mortes foram atribuídas ao próprio pai, mediante a grave acusação de abuso sexual, foram alvos de questionamentos por parte do Sindicato dos Jornalistas.

Alguns sites teriam copiado matérias erroneamente publicadas em um determinado Portal acusando precipitadamente o pai das garotas, quando na verdade, pairam muitas dúvidas sobre o caso.

Confiram nota distribuída pelo Sindicato a respeito:

A publicação de notícias sem a devida confirmação dos fatos induz o jornalista a erros que, muitas vezes, geram danos de variadas intensidades. O médico responsável pelo atendimento à primeira criança suspeitou de estupro e encaminhou o caso ao Conselho Tutelar. A informação precipitada e a rápida divulgação do fato, sem que a veracidade do conteúdo fosse confirmada por um laudo especializado, gerou uma perigosa cadeia de notícias baseadas apenas na suposição.

A multiplicação de sites e blogs aproveitando a flexibilidade da legislação, que não dispõe de mecanismos regulatórios, possibilita o ingresso no mundo das comunicações de pessoas despreparadas para o exercício da nobre profissão de jornalista, o que pode causar estragos de variados níveis de gravidade. É preciso que a velocidade digital não se sobreponha à informação verdadeira e necessária à segurança e à estabilidade social.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba repudia a prática jornalística por pessoas que não estão habilitadas para a atividade profissional, descomprometidas com a responsabilidade da informação e com os devidos princípios éticos.

Extorquindo o Governador...
Essa semana o governador Ricardo Coutinho (PSB) perdeu a paciência com a enxurrada de acusações ao seu governo e a sua forma de administrar o Estado. O socialista se utilizou do seu microblog Twitter e disparou: “Venho ganhando ações contra o lixo do submundo da política paraibana. A cada calúnia ou difamação, ações na Justiça”.

O governador anunciou que está ingressando na Justiça com uma série de processos contra seus caluniadores e afirmou que não deve nada e nem está fazendo nada de errado. “Tô preparando processo contra todos os caluniadores. A resposta será na Justiça. Quem não deve, não teme”, ponderou Ricardo Coutinho.

Ricardo disse ainda que vai buscar reparo judicial contra os que fazem da comunicação um instrumento da manipulação de consciências ou até de tentativa de extorsão. “É como sempre digo, quem não deve não teme e como não devo, vou à Justiça contra todos que tentam atacar a minha honra e a do Estado”, finalizou.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Política e Homofobia


É impressionante como os fatos da vida mudam com o passar dos tempos. Antigamente, na minha época de rapazote, essa coisa de gay, tão normal nas nossas vidas, era algo abominável.

É bem verdade que eram poucos.

Antes de tudo quero deixar bem claro que nada tenho contra quem optou por abraçar a vida ‘cor de rosa’, mas estão banalizando tanto o assunto que até virou moeda de troca para político se dar bem na vida.

Nesta semana vi no site da Prefeitura de João Pessoa notícia com foto dando conta que o prefeito Luciano Agra havia participado da passeata gay. Parecia feliz em meio a tantas plumas e paetês.

Imaginem vocês a cena há mais de 20 anos atrás. Duvido que alguns deles teriam a coragem de se expor assim tão abertamente. Sinais do tempo velho amigo. Sinais dos tempos.

Política e nada mais

É de se lamentar o rumo que o movimento lojista e sindical tem tomado nos últimos anos, graças aos interesses pessoais norteados por duas figuras conhecidas de Campina Grande: José Artur de Melo Almeida (o Bolinha) – que preside a Federação das CDL’s da Paraíba e Napoleão Maracajá, que coordena o Sindicato que representa os servidores municipais – o Sintab.

O primeiro afundou a Federação das CDL’s no esquecimento e colocou o movimento pra plano algum.

Dias desses encontrei com três empresários conhecidos da cidade, filiados à CDL, lamentando o aproveitamento político de Bolinha em detrimento dos reais interesses dos lojistas.

Na qualidade de dirigente da FCDL, Bolinha tem sido um desastre. Apenas ocupa espaços em programas para falar de política partidária e nada, exaltando suas qualidades (sic) de comentarista e alimentando o desejo de ser prefeito de Campina Grande.

Não conseguiu abrir sequer uma CDL no Estado, ação que era normal na época da então presidenta Zouraide Silveira ou na gestão do sempre saudoso Carlos Noujaim Habib.

A autuação do Sr. Napoleão é emblemática. O sindicalista nutre um ódio do prefeito Veneziano que salta aos olhos. Da mesma forma ocupa veículos de comunicação pago, para criar situações inexistentes.

É uma inverdade atrás da outra. Por isso que as greves criadas por Napoleão têm naufragado vergonhosamente.  

Sou do tempo em que sindicalismo e dirigir entidade de classe era coisa séria – dos tempos de Ivam Freire, de Helder Moura na condição de presidente da ACI; Zé da Farinha (no Sindicato dos Motoristas), embora alguns nomes merecem registros pela seriedade no trabalho que desenvolvem  - Tito Mota (na CDL), Luiz Alberto (na Associação Comecial) e Buega Gadelha (na Fiep).


Twitter afiado
A primeira-dama do Estado tem usado o twitter para destilar seu veneno contra figuras públicas. Durante o Teleton, de forma desrespeitosa, disse que tinha um ladrão sentado próximo dela.

Não disse o nome, mas na platéia estavam personalidades como Ricardo Coutinho (seu marido), Cássio Cunha Lima, o prefeito Veneziano Vital; o jornalista Carlos Magno, entre outros. A quem ela se referiu hein?

A última vítima foi o Senador Cícero Lucena, que é um dos nomes fortes para suceder Luciano Agra na Prefeitura em 2012. Será por isso a ira de Pamela?

Alex na briga

O secretário de Obras, Alex Azevedo, vem mesmo com tudo para tentar ser o candidato do PMDB nas eleições do próximo ano. Numa enquete do site PBAgora, Alex está com mais de 50 por cento das intenções de voto dos internautas. No portal www.paraibaconfidencial.com.br, Azevedo também é o preferido.

E por falar...
O advogado Ulisses Lyra, em seu blog http://www.ulisseslyra.blogspot.com/, discorreu sobre o crescimento do nome de Alex dessa forma: “Com a proximidade das eleições municipais, vários nomes aliados do Prefeito Veneziano Vital (PMDB-PB) tentam pavimentar a estrada com vistas à conquista do Palácio do Bispo, e dentre eles estão: Tatiana Medeiros, Metuzelá Agra, Alex Azevedo, Alexandre Almeida e  José Luiz Júnior.  

Aparecendo fortemente e quase que diariamente na mídia, a médica e Secretária de Saúde, Tatiana Medeiros, se esforça no sentido de obter o apoio do partido para indicar seu nome para suceder o cabeludo.

Porém, há nos bastidores forte tendência de que o nome da médica não emplacará, abrindo espaço para o Secretário de Obras do município, Alex Azevedo, que começa a ser voz corrente dentro e fora do grupo que segue a orientação do Prefeito Veneziano Vital”.

Logicamente que o chefe do executivo campinense não está estimulando o surgimento dessa nova situação, trata-se de uma opção brotada espontaneamente e que só o tempo irá dizer se será ou não materializada.

Pra encerrar...
“Não devemos ter medo dos confrontos… até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas" - Charles Chaplin


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Alex no páreo

Mais um nome surge forte na sucessão do prefeito Veneziano Vital do Rêgo. O novo postulante não tem na cabeça a mesma profusão dos fios do “cabeludo”, mas o volume de ações empreendidas por ele o credenciam  para também ser o candidato pelo PMDB nas eleições de 2012.

Refiro-me ao secretário de Obras, Alex Azevedo – o homem que tem tocado as principais obras do Governo Veneziano – notadamente as que estão sendo executadas com ações voltadas aos menos favorecidos.

Um fato deve ser admitido por muitos: Alex Azevedo tem um perfil que também se encaixa nas pretensões do prefeito Veneziano. Nas ultimas solenidades presididas por Vené, tenho testemunhado manifestações carinhosas e espontâneas de pessoas simples incentivando o secretário a entrar na ‘briga’ para ser o candidato do PMDB.
 
É trabalhador, acompanha o prefeito em todas as solenidades – é sempre solícito aos pedidos da imprensa para explicar o andamento de obras. E o mais importante, assim como os demais postulantes ao cargo, é fiel ao projeto político de Veneziano e de Vitalzinho e declara-se um campinomaníaco como poucos.

É bom lembrar que Alex é filho de Campina Grande e é formado em Direito. Foi coordenador do que hoje é a Agência Executiva da Gestão das Águas; diretor do Departamento de Produção Mineral; secretário de Articulação Política e de Desenvolvimento Econômico e agora de Obras.

Como sempre tem feito questão de ressaltar aos amigos: “Sou campinense da gema. Nasci na Maternidade Elpídio de Almeida e amo essa cidade na mesma medida que amo a minha família”.

Agora é esperar, já que estamos a um ano do processo eleitoral. Os nomes estão postos. Ligados ao preferito Veneziano - Guilherme Almeida, Tatiana Medeiros, entre outros. Do grupo do Senador Cássio – Romero Rodrigues, Diogo Cunha Lima e Rômulo Gouveia; sem lembrar do nome da deputada estadual Daniela Ribeiro (PP), que aparece na dianteira na disputa, segundo pesquisas encomendadas por veículos de comunicação de João Pessoa.

A boa briga promete e como tenho sempre dito, o velho tempo resolve tudo. E como resolve. 
 
JOAQUIM SEM SAÍDA
O Ministro Joaquim Barbosa não teve outra saída quando abonou a ficha de Cássio para assumir o Senado. Afinal de contas, foi voto vencido na votação da validade da Lei Ficha Limpa para as eleições de 2010.
Observou-se, nitidamente, o sentimento de frustração por parte de Barbosa – um dos mais sérios Ministros que o STF já teve em sua história. 

Barbosa foi impiedosamente atacado pelos seguidores de Cássio via twitter e em vários programas de rádio, como se o Ministro estivesse perseguindo o ex-governador. 

É um absurdo pensar que o Ministro estivesse levando o caso para o lado pessoal, apenas pelo fato dele ter sido o relator do caso envolvendo Ronaldo Cunha Lima no rumoroso caso Gulliver. Joaquim Barbosa quebrou paradigmas no STF.

É um negro que soube honrar sua cor e - o mais importante, soube indignar-se como poucos e mobilizar o Brasil contra os chamados Fichas-Suja.  
 
CÁSSIO E VITAL
Óbviamente que alguns peemedebistas não gostaram da ideia, mas Campina Grande sai vitoriosa com a ascensão de Cássio para o Senado. O que se espera agora é que o rebento de Ronaldo e dona Glória trate com respeito  o prefeito Veneziano - esquecendo arestas, pense Campina como cidade que não suporta mais as querelas políticas e que seja tratada como uma cidade que necessita o apoio de todas as cores.
Concordo com o amigo Luís Torres, que renasça um novo Cássio. Os campinenses agradecem.  
 
O PREFEITO JÚLIO
O secretário de Finanças campinense Júlio César, mostra que não está brincando quando pensa em ser prefeito de Fagundes. Em recente viagem a Brasília, reivindicou que a cidade seja contemplada com uma Rádio Comunitária. 
 
INCRÍVEL!
Nova pesquisa eleitoral da Revista Polítika Paraíba apresenta números para a sucessão do prefeito Veneziano. Daniela aparece em primeiro lugar com 24% das intenções de voto; seguida de Diogo Cunha Lima (filho de Cássio), com 18% e em terceiro lugar o deputado federal Romero Rodrigues, com apenas 8,0%.

Os candidatos de Veneziano aparecem lá em baixo na pesquisa. O que melhor pontua é o deputado estadual Guilherme Almeida com 6,0%.Já a Secretária Municipal de Saúde, Tatiana Medeiros, tida como a preferida de Veneziano, aparece com apenas 4,0%, embora tenha subido, já que pesquisa anterior tenha surgido com apenas 1,5%.

Não vou nem comentar. Tirem vocês suas conclusões. Antes que eu me esqueça, a pesquisa foi encomendada pela revista que tem á frente o buliçoso Fabiano Gomes, da Rádio Correio FM.
 
33 ANOS DA CAMPINA FM
A Rádio Campina Grande FM completou neste dia 21 de outubro 33 anos de existência como uma das mais consolidadas e modernas emissoras do Nordeste.

Estive recentemente na ‘Campina FM’ e fiquei encantado com a nova estrutura da empresa. Bem arejada, a rádio caprichou no bom gosto e na modernização do seu departamento de jornalismo e nos novos estúdios de gravação e de apresentação dos programas de entretenimento e de jornalismo.

O saudoso Hilton Motta, que comanda programa para os anjos lá do céu, ao lado de Geraldo Batista, certamente está orgulhoso de Marilena Motta e de Inaudete Amorim, as protagonistas das mudanças que foram feitas na pioneira no Nordeste em frequência modular.
 
Falar na Campina FM é voltar no meu tempo de apenas 12 anos de idade. Foi na década de 70, quando morava no bairro do Catolé, quando um amigo (Beto) soube da existência da rádio em FM.
Fiquei espantado, porque era acostumado a ouvir AM, sempre acompanhando as apresentações de Genival Lacerda e José Bezerra, isso graças à influência do meu pai (poeta e advogado Apolônio Cardoso).
Confesso que demorei algum tempo a ouvir FM, até porque naquela época tocava apenas música, notadamente as estrangeiras. Mas a Campina faz parte da história da cidade e do Nordeste e merece o aplauso dos campinenses de bem.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A agonia da oposição

O prefeito Veneziano Vital tem toda razão quando disse nesta semana que que vai deixar ainda mais “agoniados” os críticos da sua gestão. Segundo ele, quem é contra o seu governo age assim movido tão somente pela inveja e por interesses meramente eleitoreiros, não tendo a grandeza de reconhecer o que tem sido feito pela cidade nos últimos sete anos.

“Eles, sem dúvida, estão agoniados e ficarão ainda mais desesperados porque em Campina Grande o trabalho não para e não vai parar. Por isso, diariamente, estamos fazendo a inauguração de obras nos mais diversos setores, como saúde, infra-estrutura e educação”, afirmou, garantindo que muito ainda será feito até o final da sua gestão em prol da população campinense.

Conforme assegurou, a sua gestão já pavimentou mais de 500 ruas de Campina Grande, porém como considera isso ainda “pouco” pretende concretizar a pavimentação ou recuperação de até 800 ruas até o final do governo, em dezembro de 2012. Outro compromisso é fazer com cerca de 85% das estruturas da saúde municipal funcionem em prédios próprios, a exemplo do que foi entregue nesta segunda-feira na Pedreira do  Catolé.

“Isso também não é diferente na educação, pois das 136 escolas, já foram reformadas 108 escolas. Também dez creches passam por reformas ou serviços de ampliação. Já entregamos cinco novas creches e outras dez novas unidades serão iniciadas em 2012”, garantiu o prefeito.

“Ora, se quem é contra o progresso da cidade já está sofrendo com o dinamismo do atual governo, ficará ainda mais agoniado quando constatar que o ritmo de trabalho não vai esmorecer e, com certeza, ações esperadas há décadas pela população haverão de ser concretizadas”, acrescentou.

Segundo Veneziano, entre as futuras ações está a realização dos serviços de urbanização e de esgotamento sanitário do populoso Distrito de Galante, onde, conforme lembrou, “alguns se auto-intitulavam donos da comunidade, mas nunca fizeram algo por aquela área. Eram, então, péssimos donos de casa e nunca trataram a comunidade com o merecido respeito e dignidade”.

Para o prefeito, a administração vai continuar “incomodando” no bom sentido por conta do grande volume de ações ainda previstas para acontecer em benefício tanto das zonas rural e urbana. Em sua avaliação, só quem não está incomodado é próprio povo, que sabe reconhecer o trabalho desenvolvido nos últimos anos.




Campina é mesmo uma mãe

O prefeito de Matinhas, Aragão Júnior, do PSD, garante que é candidato a prefeito de Campina nas próximas eleições. Os forasteiros parecem que sempre se dão bem em Campina – que o diga o ex-prefeito de Pocinhos, Adriano Galdino, que teve expressiva votação na cidade na condição de deputado estadual.


NA UTI
Estavam hospitalizados neste final de semana, na UTI do Hospital João XXIII, além do meu pai (Apolônio Cardoso), que se recupera de problemas renais, a ex-conferencista e educadora Déa Cruz, além de jornalista Marcos Tenório. Os dois últimos passam bem e torço para que se recuperem o quanto antes. Meu pai, graças a Deus, recebeu alta e se recupera em casa.


Kaliuka vereadora

A radialista Kaliuka Volia, da rádio Campina FM, uma das apresentadoras dos programas radiofônicos das campanhas de Rômulo Gouveia, vai mesmo ser candidata a vereadora, só que pelo PMN, partido que apóia a administração do prefeito Veneziano. Segundo me informaram, Kaliuka pretende arregimentar votos dos eleitores mais jovens que admiram seu trabalho   

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A viagem do PBAgora


Com todo respeito que tenho aos profissionais do site PB Agora, mas a matéria postada neste último dia 27, dando conta que o prefeito Veneziano Vital estaria sem candidato para as eleições de 2012 e que o secretário Metuselá Agra seria o vice de Diogo Cunha Lima é mesmo uma viagem no improvável.

A reportagem dá conta que ou Veneziano se alia ao grupo Cunha Lima ou perde mais uma. Perde mais uma? Essa eu não entendi mesmo!

Veneziano não perdeu para o grupo Cunha Lima. Em 2010 tivemos uma eleição estadual, com a escolha do novo Governador. Cada eleição tem sua particularidade. O nome de Veneziano não foi colocado a julgamento no pleito, mas sim de José Maranhão.

Desculpem, mas a matéria é mesmo sem pé e sem cabeça. Dizer que Cássio está em vantagem no processo eleitoral de 2012 é mesmo forçar a barra.

Na minha interpretação, o ex-governador Cássio Cunha Lima é quem está colando na boa imagem do prefeito Veneziano. Tanto é que o próprio Cássio fez questão de postar foto ao lado do “Cabeludo” e de Vitalzinho no seu microblog twitter.

A matéria do PBAgora ainda permite-se ao absurdo de informar que a união de Cássio e Veneziano serviria para aniquilar os planos de Daniela Ribeiro em postular o cargo de prefeita.

Vamos colocar os pontos nos “is”.

A situação mesmo desconfortante é do grupo Cunha Lima. O ex-governador não consegue sequer assumir o cargo de Senador e tendo o governador Ricardo Coutinho (seu aliado) em maus lençóis, tem se aproximado cada vez mais de Veneziano.

Mas é assim mesmo. A velocidade do jornalismo na Internet abre espaço para especulações diversas, notadamente na esfera política.  O que não se admite é criar fatos absurdos como esses, dando vazão a jogos de interesses de grupos que a cada dia se perdem na credibilidade e na capacidade de fazer alguma coisa pelo povo.

Ao amigo Morib
Fui lembrado pelo jornalista Morib Macedo, neste dia 29, na rádio Correio FM, referindo-se à coluna anterior. O profissional informou que exclui o nome da prefeitável Tatiana Medeiros da relação dos preferidos do prefeito Veneziano Vital.

Não foi bem assim, é que o meu tempo tem sido exíguo para escrever e a coluna denominada “O doce dilema de Veneziano”, tinha sido produzida bem antes do nome de Tatiana estar se destacando na mídia.

A Secretária de Saúde é nome forte sim. Além de bonita, é inteligente, tem projetos e grande identificação com os projetos do prefeito Veneziano.

Pode ser o nome do prefeito Veneziano nas eleições de 2012.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O doce dilema de Veneziano

O prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital (PMDB), vive um dilema por conta das eleições do próximo ano. Não chega a ser um problemão, já que o quadro que se apresenta não poderia ser melhor.

Refiro-me aos nomes que se apresentam para sucedê-lo. Três deles têm potencial para disputar o pleito com reais chances de vitória.

O primeiro deles é o deputado estadual Guilherme Almeida (PSC), neto de Argemiro de Figueiredo e de Elpídio de Almeida, além de filho do ex-prefeito Orlando Almeida. Guilherme tem boa aceitação em todas as camadas da sociedade campinense.

Conta em favor de Guilherme o fato dele ser acessível ao grande público. Esse gosta de povo. É sempre visto em bares mais simples, em encontros com o povo, ao daqueles que realmente necessitam dos serviços públicos.

O segundo pré-candidato é o vereador Fernando Carvalho, que está deixando o PMDB e pode se lançar candidato por um partido menor - o PT do B.

A candidatura de Fernando não deve ser desprezada, até porque o vereador tem forte atuação na chamada ala evangélica. Tem bons projetos e está sempre próximo das suas bases. Tem tudo para crescer com o guia eleitoral. Ajudar o próximo é o forte de Carvalho, gesto que pode fazer a diferença no ano eleitoral.

O terceiro candidato não é do PMDB e goza também da simpatia de Veneziano. Aliás, é uma mulher, também de família tradicional da política campinense.

Daniela Ribeiro é do tipo que não leva desaforo pra casa. Vai mesmo ser candidata e deve ser uma pedra sapato nos planos dos ricardistas e cassistas por muitos anos. Será, sem dúvida alguma, peça importante no xadrex da política em 2012 e em 2014.

Filha do corajoso ex-prefeito e ex-deputado Enivaldo Ribeiro, Daniela apresenta-se como uma forte candidata. Vem embalada pela onda dos que defendem uma mulher no poder para colocar a política no eixo da honestidade, principalmente após a vitória da Presidente Dilma.
O prefeito Veneziano defende um nome do PMDB. Tem nomes para isso, exemplo do próprio vice-prefeito Zé Luiz e agora Walter Brito Neto.

Walter, inclusive, alimenta a expectativa de ser o candidato do PMDB para concorrer com Diogo Cunha Lima, filho do ex-governador Cássio Cunha Lima. Seria o embate do chamado ‘jardim de infância’. Claro que há uma distância fenomenal entre ambos.

Walter Neto, apesar de jovem, já tem experiência na política, enquanto Diogo apenas carrega o DNA do pai e do avô e nada mais. Navegando pelo seu twitter dá pra notar que o jovem não se interessa pelo assunto. Prefere as baladas e negócios a perder de vista.

Por fim, chega-se a conclusão que o prefeito Veneziano terá um leque considerável de prefeitáveis para escolher até a convenção do próximo ano.

Não digo o mesmo da oposição. Resta o nome do deputado federal Romero Rodrigues e só.

E que venham as eleições. Como diria Roberto Carlos, são muitas as emoções para os próximos capítulos!

Twitter das lamentações

No dia em que Veneziano foi inocentado pelo TRE pelo uso de dinheiro público em campanha eleitoral, o twitter foi o muro das lamentações dos que ainda não aceitaram o resultado das urnas.
Vejam o que disseram alguns admiradores do ex-governador Cássio no dia do julgamento que absolveu Veneziano:

ribamildo ribamildo bezerra 
O desvio do dinheiro ´público' para contas do prefeito , acaba de ser institucionalizado ...vale tudo agora

JSalesPB Jefferson Sales 
Indignação! Vergonha! Vamos continuar na #Luta. Sobre o@TREPBjusbr...sem comentários, apenas o sentimento.

Achar que o TRE-PB iria cassar um maranhista, era acreditar em papai Noel e em fada.

joiltoncosta Joilton Costa 
os caras acham que se trata de eleição de 14. O que o TRE está fazendo é abonar um crime ocorrido em 2008. Tenham vergonha srs

Juan_Cibalde Juan Cibalde 
Agora nós Paraibanos tivemos a confirmação qual o partido do TRE-PB. #vergonha

Juan_Cibalde Juan Cibalde 
Parece mentira, mas Bandido que roubou 50 mil foi liberado...

cassiocl Cássio Cunha Lima 
Indignação ! É esse meu sentimento.

cassiocl Cássio Cunha Lima 
O Poder sem pudor!

Alfredo imparcial

Aqui elogio a postura do colega jornalista Marcos Alfredo, que como poucos deu um show de cobertura direto do TRE, de forma imparcial e mostrando que é um dos melhores jornalistas desse Estado.

O advogado Rossandro Agra também foi destaque no twitter, explicando cada pronunciamento dos juízes.

Precoce partida

Esta semana fiquei sabendo que o grande amigo jornalista Gil Campos, que reside em São Paulo, perdeu seu filho prematuramente. O menino nasceu com problemas e morreu nos braços do pai, após parada cardíaca. Gil encontra forças na esposa (Kátia) e nos amigos para ‘tocar’ a vida. São os desígnios de Deus...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

TRE é independente?


Hoje abro espaço para publicar artigo do Doutor em Sociologia e professor do Departamento de História da UFPB, Flávio Lúcio Vieira, que faz lúcida avaliação do julgamento do prefeito Veneziano no Tribunal Regional Eleitoral. Confira o comentário:

Veneziano será cassado para demonstrar a independência do TRE?

É sempre difícil separar política de justiça. Aliás, é sempre difícil separar política de qualquer atividade humana. Tanto que Max Weber, o conhecido sociólogo alemão, resolveu separar política de ciência e atribuir a elas duas “vocações distintas”. Ou se faz política ou se faz ciência.

À parte questões de ordem política, sociais ou mesmo epistemológicas, a justiça, especialmente a eleitoral, tem que estabelecer um parâmetro, se não de “neutralidade” diante dos fatos do mundo político, mas de critérios objetivos e de longo prazo para que a “politização da justiça” não se efetive em relação ao seu contraponto: a judicialização da polítca.

Enfim, nem a justiça pode normatizar a política – o que seria o fim desta última –  nem o inverso pode também se estabelecer – a política determinar as decisões judiciais. Como a “justiça” não existe como uma instituição abstrata, exatamente porque é feita por homens e mulheres, é nas decisões que tomam seus juízes que a justiça se manifesta e se estabelece como instituição.

E é da crença que o julgamento desses juízes não está eivado de subjetividades e interesses que a justiça se legitima como imprescindível para o cidadão e para o Estado. Enfim, a justiça – os juízes – deve sempre levar em consideração que cada caso é um caso e julgá-los diante dos princípios de igualdade e universalidade, que é o principal legado da ordem jurídica que nasceu com a Revolução Francesa.

Dito isto, passemos ao debate a que esta coluna se propõe. Está em julgamento no TRE desde a última terça o prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rego.

Veneziano é acusado de receber e usar em sua campanha recursos públicos oriundos de depósitos feitos por uma empresa que presta serviços à prefeitura de Campina Grande, a Construtora Maranatha.

Vital do Rego foi cassado em primeira instância, mesmo depois de suas contas terem sido aprovadas pelo primeiro Juiz do caso, Reginaldo Nunes. Em seguida, essas mesmas contas foram também aprovadas (sem ressalvas) pelo próprio TRE, que negou inclusive recurso ao PSDB contra a sua aprovação.

Veneziano Vital foi condenado pelo juiz que passou a ocupar a titularidade da 16ª Zona Eleitoral, Francisco Antunes, e que substituiu o juiz Reginaldo Nunes. Dois juízes, duas visões sobre o mesmo fato.

Yordan Delgado, procurador eleitoral do TRE, pediu a cassação de Vital do Rego, manifestando entendimento distinto do que foi apresentado pelo procurador que o antecedeu no caso, Werton Magalhães. Dois procuradores, duas visões sobre o mesmo fato.

Considero ser necessário fazer aqui um breve resumo desse caso:

1. Não está provado houve transferência de recursos do Fundo Municipal de Saúde para a conta da campanha de Vital do Rego. Para que se comprove o contrário, seria necessário apresentar qualquer registro sobre um único depósito, o que até agora não foi feito. Nem pelos advogados do PSDB, nem pelo juiz de primeira instância, nem pelo ministério público eleitoral, nem muito menos pelo relator do processo no TRE.

Enfim, não há comprovação de que qualquer cheque da Prefeitura ou do Fundo Municipal de Saúde tenha sido depositado na conta de campanha do PMDB. Ao contrário, o ministério público eleitoral diz textualmente em seu parecer que não houve crime eleitoral no que diz respeito a esse fato. Que crime então foi cometido?

2. Todos os depósitos associados ao Caso Maranatha foram feitos com a identificação dos doadores, todos pessoas físicas . O cheque causador de toda essa polêmica jurídica foi resultado de um pagamento feito à Maranatha pela construção de um centro de saúde no distrito de São José da Mata, obra concluída e hoje em pleno funcionamento. A empresa foi paga, como é usual, com os recursos do Fundo Municipal de Saúde.

É tambem importante saber o que aconteceu na agência bancária no dia em que o fato que deu origem a ação transcorreu.

O representante da Maranatha tentou sacar o dinheiro a que sua empresa fazia jus por três vezes, não conseguindo porque a agência “não tinha numerário suficiente para pagá-lo em espécie”, segundo declaração oficial do próprio Banco do Brasil que consta nos autos do processo.

Houve depósitos nesse dia na conta de campanha de Veneziano Vital, mas nenhum da Maranhata e nem do Fundo Municipal de Saúde. Segundo a primeira versão originada ainda durante a campanha de 2008 pelo adversário de Vital do Rego, o atual Vice-Governador Rômulo Gouveia, a Construtora Maranata depositara um cheque do FMS na conta de campanha do PMDB.

Essa versão foi modificada em seguida: o cheque fora na realidade sacado e "rateado" entre os assessores de Veneziano Vital e, só depois, foi parar na conta de campanha. É esse o fato objeto da decisão judicial em se baseia o relator do processo, juiz João Batista.

Nesse caso, resta comprovar, de maneira inconteste, que aquele cheque específico foi convertido em dinheiro e repassado para assessores e apoiadores, todos, por razões óbvias, interessados na vitória do seu líder político, e só depois foi parar na conta de campanha do prefeito. O fato de serem esses doadores assessores do prefeito campinense nada tem de incomum.

Vejam, por exemplo, as contribuições individuais feitas à campanha de 2010 do atual governador, Ricardo Coutinho. Quantos assessores da prefeitura de João Pessoa depositaram valores, alguns expressivos na conta de campanha do ex-prefeito de João Pessoa?

E Por que seria considerado anormal indivíduos interessados em preservar suas posições na prefeitura, que seriam perdidas em caso de derrota, fazerem doações à campanha do seu candidato a prefeito?

E mesmo considerando o que foi aceito pelo Juiz como verdade, onde está comprovado o uso de recursos públicos na campanha de Veneziano Vital?

É provável que, pela primeira vez, um ato de corrupção eleitoral tenha sido tão organizadamente documentado, com guias de depósitos devidamente identificados e recibos assinados.

Ou Veneziano e seus assessores parecem gostar de facilitar a vida dos adversários e dos juízes eleitorais ou, pelo visto, alguns juízes eleitorais se aproveitam disso para inferir o que bem entenderem a respeito de determinados fatos.

Existe outra questão que merece uma observação atenta da sociedade, pois não se trata apenas de um interesse político em particular, mas da preservação de instituições democráticas, que devem se manter impessoais e, portanto, que trate a todos pelo princípio da equidade. 

Dois fatos que antecederam o julgamento de Veneziano Vital podem deixar dúvidas a respeito de até que ponto a justiça pode se deixar levar pelas pressões externas.

O primeiro foi a organização de uma série de ataques à justiça paraibana. ataques originados em meios de comunicação feitos por jornalistas cujo alinhamento político a lideranças e partidos é inconteste, especialmente contra o TRE, que aparentavam ser, àquela época (meados de 2010) uma reação tardia contra a cassação do ex-governador Cássio e sem objetivos claros e definidos, pois se deram meses depois da cassação do mandato do ex-governador tucano.  Esses ataques foram feitos através de páginas e blogs da internet paraibana.

Jornalistas como Luís Torres deram desmesurado espaço para todo tipo de ilação contra a Corte paraibana, dando a entender que a decisão de cassar o ex-governador Cássio Cunha Lima tinha um viés político em razão da influência que exercia sobre toda a justiça paraibana a desembargadora Fátima Bezerra, esposa do ex-governador José Maranhão.

Diante do fato atual, é possível entender agora que as reais intenções daquela campanha eram na realidade preventivas: acossar os juízes do TRE, jogando sobre eles a suspeita de envolvimento político, para depois exigirem provas de independência quando fosse julgado o caso de Veneziano Vital.

Se Cássio foi cassado, Veneziano também deveria ser. E isso seria a única maneira de provar a “independência” da justiça eleitoral paraibana. Do contrário, a Corte manteria pendendo sobre si a vinculação política.

Caso aquela "campanha" tivesse começado só agora, ficaria explícita a intenção de "pressionar" os desembargadores para cassarem Veneziano Vital.

Escutem o sepulcral silêncio desses setores da imprensa que permeia o caso hoje, especialmente quando um juiz relator se pronuncia publicamente defendendo a cassação do prefeito de Campina Grande em uma cadeia de rádio ligada ao governador Ricardo Coutinho e a seu vice, Rômulo Gouveia, que é diretamente interessado no caso, pois seria ele a assumir o posto de Veneziano Vital em caso de cassação.

Onde estão os brados de indignação com tal postura que fere não apenas o interesse de um cidadão, mas tambpem o código de ética da magistratura? Ao contrário. As declarações do juiz são usadas para reverberar uma opinião que se quer única nesse processo.

Por outro lado, não há como estabelecer nenhum sinal de igualdade entre os fatos que determinaram a cassação do ex-governador Cássio e os que podem  levar à cassação de Veneziano Vital. No caso Cássio, as provas eram incontestáveis e não se originavam apenas em uma ação específica.

Cássio foi cassado por conta da distribuição ilegal e sem critérios pre-estabelecidos de cheques a cidadãos em plena campanha elitoral, mas também pelo “conjunto da obra”, em inumeráveis ações que ajudavam a fortalecer que o uso da máquina pública foi decisiva na eleição de 2006.

No caso de Veneziano, existem mais dúvidas do que certezas, e no que interessa (uso de recursos públicos no financiamento de campanha) ainda está por ser provado.

E num aspecto político decisivo o caso de Cássio se distingue do de Veneziano: a cassação do ex-governador não o afastou da vida pública um mês sequer, como demonstra sua participação vitoriosa na eleição de 2010.

No caso de Veneziano, caso cassado pelo TRE, o atual prefeito campinense estaria afastado das disputas eleitorais até 2020!

E Veneziano desponta hoje como o principal antagonista do atual governador Ricardo Coutinho, que se beneficiaria da decisão duplamente: afastando Veneziano da prefeitura, Coutinho a entregaria a um aliado e se livraria de mais um potencial candidato cuja participação tornaria em qualquer circunstância renhida a futura disputa eleitoral.  

E mesmo que o TSE corrija uma eventual injustiça, fazendo-o voltar ao cargo, a pena de Vital do Rego já estaria estabelecida pela lei Ficha Limpa. Um prejuízo irremediável para Veneziano Vital, para a política e para as instituições paraibanas.

Não se advoga aqui que esse aspecto político seja o único a determinar as decisões do TRE no caso da cassação de Veneziano. O problema é que o processo levanta sérias dúvidas para que se advogue um remédio jurídico cujas consequências para o futuro de um cidadão são irremediáveis e que, principalmente, leve à exclusão do prefeito de Campina das disputas eleitorais por oito anos.

Se a justiça paraibana deseja comprovar sua independência, que o faça retringindo seus julgamentos às provas que constam nos processos. E julgue a todos pelos critérios da objetividade e sem medo de acusações infundadas.

Por isso, encerro com Edmund Burke: "É o medo o mais ignorante, o mais injusto e cruel dos conselheiros."

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Pacto da vergonha


Dia 30 de agosto – considerado o mês do desgosto para muitos. Pois bem, neste dia, numa manhã bonita de sol, enquanto centenas de pessoas protestavam na BR-230 contra as más condições da estrada que dá acesso à cidade de Ingá, o Governador Ricardo Coutinho veio a Campina Grande assinar os tais projetos do Pacto Social para vários municípios, incluindo a Rainha da Borborema.

Obviamente que verbas para investimentos em educação e em saúde são bem vindas, mas é querer brincar com a nossa inteligência ao afirmar o Senhor Governador que índices de baixa escolaridade e de saúde serão drasticamente reduzidos a partir do tal Pacto Social.

A insatisfação dos prefeitos é geral, com exceção de alguns mais chegados, como Pocinhos, do deputado Adriano Galdino, que vai receber mais de R$ 500 mil.

Destinar apenas R$ 165 mil para Campina é desconhecer a importância que a cidade detém no cenário estadual e até nacional.

Vergonhoso ainda é ver políticos aliados do Governador covardemente calados, acomodados pela conveniência política já que PSB e PSDB caminharam juntos nas últimas eleições.

O “Rei” Ricardo justifica o ínfimo valor afirmando que Campina já é uma cidade que sabe caminhar com as próprias pernas e que a Prefeitura teria por si só condições de pintar uma creche.

Não foi apenas uma piada de péssimo gosto Governador. Foi uma afronta a esta cidade que, nas palavras do ex-prefeito Félix de Souza Araújo, "É uma terra de bravos
Não será terra de escravos, Nem reinado de opressão".

E não venham me dizer que o governador está apenas no começo da gestão. Como diria Rubens Nóbrega, se serão 40 anos em quatro, já estamos com uma administração bem adiantada.

Uma das maiores virtudes de um homem público, na minha opinião, é a humildade e a capacidade de reconhecer erros. Apesar dos cabelos brancos que aparecem em escala ascendente, creio ainda que o socialista há de rever seus conceitos administrativos e políticos.

Sou daqueles que acredita em mudanças e defendo a tese que ninguém se perde na volta.

Desrespeito
Atitude pequena do Governador Rômulo Gouveia em denegrir a imagem do prefeito Veneziano Vital em relação ao julgamento do caso do “Cheque da Saúde” pelo TRE-PB.

O prefeito tem dito que jamais tripudiou os aliados de Rômulo em relação aos processos do grupo na Justiça: “Nunca usei desse expediente, pois isso fere intimamente as pessoas arroladas e acho prudente que tratemos esses casos de forma respeitosa. Esse é o meu estilo e a educação que recebei dos meus pais”.

Mal assessorado
O deputado federal Romero Rodrigues, político que admiro por sua simplicidade e respeito pelas pessoas, parece que está mal assessorado. Nestes dias, sem ter o que criticar o prefeito Veneziano, disse que a cidade estava tomada pelo lixo, o que é uma inverdade, pois Campina se apresenta como uma cidade limpa e com poucos focos de sujeira mesmo em áreas distantes do centro da cidade.

Tuitando
Tem umas figuras campinenses que se acham no twitter. Passam o dia todo na Internet apenas com pilhérias e ainda atordoados com as derrotas para Veneziano em duas vezes seguidas. É muita dor de cotovelo.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Celb e o Hospital da Criança



Os 14 vereadores que votaram favoráveis ao Projeto que autoriza a venda do terreno do DTO para a compra do Hospital da Materdei e futuras instalações do Hospital da Criança e do Adolescente, sabem muito que agiram acertadamente na posição tomada neste dia 11 de agosto de 2011.

Não foi uma votação qualquer. Tem uma simbologia todo especial especialmente para o prefeito Veneziano que vinha amargando nos últimos dias críticas injustas feitas pelo inconformados aliados do ex-governador Cássio Cunha Lima.

Esses aliados, alguns agora adeptos ao twitter, lamentavam a venda do terreno, levantando suspeitas que o jovem prefeito teria planos escusos para os recursos obtidos com o leilão.

Foi feito de tudo para tentar obstacular a venda do terreno. Na penúltima sessão, os vereadores da oposição se ausentaram e se tinha a impressão que o projeto poderia ser derrotado neste dia 11.
Apenas um vereador votou contra.

O lance mínimo para a compra do terreno é de R$ 6 milhões. O prédio da Materdei custa R$ 3,7 milhões. Vai sobrar dinheiro para pavimentar mais ruas, além de percentuais que serão destinados a hospitais e à própria Câmara para reformas físicas em suas dependências.

Resumo da ópera. Foi e será um ótimo negócio a ser feito pelo jovem prefeito.

Vai se desfazer de um prédio inservível, vai instalar um Hospital específico para crianças e ainda vai investir em obras.

Mas voltemos ao passado. No ano de 2000, vocês devem lembrar, o nosso maior patrimônio, a Celb, foi vendida ao Grupo Cataguazes Leopoldina por R$ 100 milhões.

O primeiro leilão da CELB na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro fora marcado para 28.10.1999, mas adiado a pedido dos grupos qualificados para a disputa: Cataguazes-Leopoldina; Companhia Técnica de Engenharia Elétrica; Energipe; Fundação Vale do Rio Doce de Seguridade Social; e Fundação Eletrobrás de Seguridade Social. Essas empresas solicitaram mais tempo para analisar a compra. Naquela ocasião, o preço mínimo da estatal foi taxado em R$ 87,3 milhões. Uma segunda tentativa de venda da CELB aconteceu em 11.11.1999. O martelo, entretanto, só foi batido mesmo em março de 2000, tendo a CELB sido adquirida pelo grupo Cataguazes-Leopoldina.

À época, o jornal O Combate assim descreveu o dia da sessão da venda da Celb: “Vereadores ficaram sitiados
A venda da CELB foi traumática para Campina Grande. Para aprová-la, os vereadores ficaram sitiados no prédio da Casa de Félix Araújo, na rua Maciel Pinheiro, sob vigia de policiais militares, que impediram o acesso do público ao recinto. E de nada valeram os apelos da bancada de oposição, em especial dos edis Veneziano Vital do Rego e Cozete Barbosa, indignados com o aparato que num raio de mil metros impediu o povo de se manifestar pugnado pela não aprovação da venda”.

Mas o pior de tudo na venda da Celb é que o prefeito Veneziano, em 2005, foi cobrado judicialmente por uma dívida da companhia junto à Eletrobras, no valor, pasmem vocês, de R$ 10 milhões, que até hoje ainda está sendo pago de forma parcelada.

Pós venda da Celb, o então prefeito Cássio divulgou que foram pavimentadas 500 ruas na cidade. O então vereador Veneziano percorreu a cidade e constatou que umas 200 foram beneficiadas apenas.
Até hoje não se sabe a destinação correta dos recursos conquistados com a venda da Celb. Bem que a oposição tentou instalar uma CPI para apurar desvios, mas o bloco ligado ao tucano sempre foi bem maior.

O que interessa mesmo é mostrar à opinião pública que temos duas situações bem distantes. A venda de um terreno para um objetivo específico e louvável – a instalação de um Hospital para a Criança e o Adolescente.

Do outro lado, a venda da Celb, nosso maior patrimônio, por R$ 100 milhões, mas com destinação suspeita e jamais apresentada através de relatório ou prestação de contas. Se alguém possui esses dados, divulgarei com prazer.

Eliomar mostra serviço
O novo presidente da Associação Campinense de Imprensa, Eliomar Gouveia, esteve reunido com a diretoria para tratar de importantes assuntos, dentre eles, reforma do estatuto, reestruturação da parte física da entiadde, etc.

Pelo que soube, a nova sede vai ser ampliada e vai ter espaços úteis aos associados.

Vanildo amigo
Desejo pronto restabelecimento ao amigo Vanildo Silva (foto), que foi vítima de acidente com moto nesta semana. Desejo ainda que os seus amigos de verdade o ajudem, pois soube que na vida profissional alguns lhe deram as costas.

Mais um precisa de ajuda
Quem também precisa de ajuda é o jornalista Jorge Lobato, ex-repórter policial, mas que vem carregando pesada cruz por conta da diabetes. Sugiro a ACI que faça campanha em prol desse talentoso e sofrido profissional.

Tuitando
Abraços aos que me seguem no twitter: @josuereporter – Confesso que no começo não acreditava nessa ferramenta.  Mas hoje vejo que é indispensável na nossa vida profissional. Todos se renderam ao twitter.
Certamente vai ser ferramenta indispensável no processo eleitoral do próximo ano e quem estiver fora dele vai amargar perdas irreparáveis.

Ruídos no twitter
Claro que tem alguns que não gostam das minhas defesas em relação ao Governo Veneziano, especialmente os mais ligados ao ex-governador Cássio, mas tenho apenas buscando mostrar (em 140 caracteres), que não custa nada ser humilde e reconhecer que essa gestão tem serviço prestado.
Alguns não aceitam, exemplo de @Fabríciatazaqui e @Mari_EP (estudante de Política da UFCG). As duas são radicais nos seus pontos de vista, sendo que a Mari é desrespeitosa, ao ponto de taxar Veneziano de mentiroso: Vejam o que ela posta no seu espaço:

Mari_EP MariEconomiaPolítica
“Minha nossa q perseguição,acabamos de ver o prefeito mentiroso e logo após entra uma repórter com sobrenome Maranhão. #paciência”, referindo-se a recente entrevista na TV Arapuan.