segunda-feira, 29 de outubro de 2012

As lições da campanha


Foi uma vitória maiúscula do agora prefeito eleito Romero Rodrigues. Isso ninguém tira. Também concordo com o Senador Cássio Cunha: foi uma disputa entre Romero e Tatiana e pronto. Não foi um embate entre Cássio e Veneziano ou ainda Ricardo Coutinho versus José Maranhão.

A boa administração do prefeito Veneziano não foi colocada em xeque nesse processo eleitoral. Vené deu quase 90 mil votos a uma candidata (desconhecida) que começou com apenas 3% das intenções de votos. É um herói e continua forte para o Governo em 2014, apesar do resultado do pleito deste ano.

No domingo de eleição, encontrei vários amigos que votaram duas vezes seguidas em Veneziano e afirmaram o voto com Romero. Justificaram que Tatiana não tinha empatia popular e que demonstrava ser uma pessoa arrogante.

Sinceramente, não faço juízo de valor sobre Tatiana. Não a conhecia. Não sou do seu círculo de amizades, mas todos hão de concordar que a médica é uma profissional de mão cheia e que trouxe significativos avanços para a área de saúde.

Mesmo sendo a saúde um problema nacional, o guia de Romero soube muito bem conquistar votos afirmando que a candidata do PMDB não tinha competência para administrar Campina, considerando que a mesma tinha passado pela Pasta da Saúde.

Confirmado o resultado das urnas, resta agora todos unidos por esta cidade que não tem mais cor. São amarelos e vermelhos vivendo intensamente essa paixão campinense.

Sem transferência
Dilma e Lula não somaram na conquista de votos em favor de Tatiana. O povo não se interessa, definitivamente, por opiniões de forasteiros, mesmo que eles tenham prestígio nacional. Fica a lição.

Serra venceu
É bom lembrar que a presidente Dilma não venceu em Campina. Para os campinenses, o tucano merecia ter sido eleito o Presidente do Brasil.

Tatiana ou Guilherme?
Após a vitória de Romero, uma pergunta fica no ar: será que Veneziano poderia ter acertado em ter escolhido Guilherme Almeida no lugar de Tatiana?

Alfredo Coordenador
Soube que o competente jornalista Marcos Alfredo será o coordenador de Comunicação da Prefeitura Municipal a partir de 2013.

PP no Governo?
Não estranhem se um parente do ex-prefeito Enivaldo Ribeiro (pai da ex-candidata a prefeita Daniella Ribeiro) for anunciado auxiliar no Governo Romero.

E na Câmara?
Diante desse novo contexto eleitoral, como será a bancada de oposição na Câmara Municipal campinense? Serão realmente 10 parlamentares nas hostes do PMDB? O tempo dirá...

Dantas vai pra Cultura
O suplente de vereador João Dantas deve ser mesmo confirmado Secretário de Cultura do Município, enquanto a atual titular, Eneida Agra, vai voltar às suas atividades na cultura – criadora que é do Festival de Inverno.

Quem volta?
Alguns jornalistas - antigos aliados do grupo Cunha Lima, pelo que soube, passarão a atuar com mais ênfase em Campina com a vitória de Romero: Ridismar Moraes, William Tejo, Fátima Queiroga, William Monteiro, entre outros.

O bom trabalho de Magno
Vários auxiliares do Governo Veneziano merecem o aplauso pelo bom trabalho. Na área de jornalismo registre-se a competência de Carlos Magno, que esteve à frente da Comunicação. Antes dele, não posso esquecer do amigo Kennedy Sales. Campina está bem servida nesse quesito.

Democracia
Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um - Fernando Sabino

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A queixa de Cássio


O Senador tucano Cássio Cunha Lima não tem razão em reclamar do prefeito Veneziano que exalta a sua gestão como sendo a que mais trabalhou por Campina nos tempos atuais.

Sou morador desta cidade há 48 anos e mesmo quando garoto sempre vivi essa cidade, já que meu pai – o poeta, advogado e professor Apolônio Cardoso, fui militante da então Arena, sendo depois eleito vereador com mais de 1.200 votos. Naquele tempo não existia compra de votos. Era no peito e na raça.

Acompanhei carreiras épicas e vi bons administradores à frente dessa cidade. Lembro-me bem da gestão de Enivaldo Ribeiro, um homem de visão e que trouxe importantes equipamentos para Campina. Tudo isso graças aos projetos Cura. Dizem que foi o período que a cidade mais recebeu verbas federais.

Não há como esquecer da gestão Ronaldo Cunha Lima, que pecou no investimentos em obras estruturantes e investiu maciçamente em festas, fruto do espírito festeiro do político-poeta.

Mas não critico Ronaldo, pois foi graças a ele que Campina ganhou notoriedade nacional com a popularização do Maior São João do Mundo.

Graças ao crescimento da festa junina, outros setores saíram lucrando. E não falo apenas do comércio e da rede hoteleira. A Rainha da Borborema passou a ser conhecida não apenas por ser berço da carreira de Elba, de Genival Lacerda ou de Jackson do Pandeiro.

Só não tenho como exaltar a gestão do ex-prefeito Cássio Cunha Lima. Foi prefeito três vezes e não construiu um só conjunto habitacional, apesar de ter conhecimento do déficit habitacional e saber do sofrimento que viviam as famílias do Pedregal, do Araxá, do Jeremias, da Ramadinha e tantas outras áreas atingidas pelas chuvas.

A única ação de Cássio em habitação foi na antiga favela da Cachoeira, mas quando já era Governador ao construir o bairro da Glória.

Foi na gestão Veneziano, em menos de oito anos, que áreas carentes ganharam investimentos importantes. Basta citar bairros como Santa Rosa, Araxá, Jeremias, Itararé, José Pinheiro, Novo Horizonte, Dinamérica, Distrito dos Mecânicos, entre outros, que receberam ações sociais com pavimentação de ruas, construção de casas, instalação de farmácia popular e restaurante popular.

Sinceramente, acho desnecessário o Senador Cássio, que declara tanto amor a Campina, ocupar generosos espaços na mídia para tentar desconstruir em vão o bom trabalho de Veneziano em Campina. Será temor com 2014? Estou só perguntando!